Engenharia de prompt: como maximizar o potencial de qualquer inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem revolucionado diversos setores, mas nem todo mundo sabe aproveitá-la ao máximo - e a engenharia de prompt é o grande segredo para isso. 

Para obter respostas relevantes e precisas de ferramentas de IA generativa, é essencial saber como formular perguntas e comandos adequados. 

Por isso, a engenharia de prompt é uma habilidade considerada diferencial no mercado de trabalho. Afinal, você sabe conversar com uma inteligência artificial? 

Neste artigo, você entende o conceito de engenharia de prompt, sua importância e algumas técnicas essenciais para formular comandos eficientes. 

O que é engenharia de prompt? 

A engenharia de prompt é a prática de escrever ou falar comandos e perguntas para a IA generativa, como chatbots, assistentes virtuais e modelos de linguagem, a fim de obter respostas mais precisas e relevantes. 

Em outras palavras, é a maneira como “conversamos” com a IA, como direcionamos o raciocínio dela para que ela traga a melhor resposta para o que precisamos. 

Isso faz toda a diferença: um prompt bem elaborado pode influenciar diretamente na qualidade da resposta da IA, tornando a interação mais eficiente e produtiva. 

Na área da saúde, por exemplo, essa habilidade é um diferencial para otimizar o uso da inteligência artificial em tarefas como análise de grandes volumes de dados clínicos, apoio à pesquisa científica e automação de processos administrativos. 

Vamos ver alguns exemplos de prompts aplicados à saúde: 

• “Gere um resumo estruturado do histórico médico deste paciente, destacando alergias, medicamentos em uso e principais diagnósticos registrados nos últimos seis meses" 
  
• "Liste as recomendações gerais para preparo de um exame de ressonância magnética em pacientes diabéticos" 
  
• "Com base nos dados dos últimos 12 meses, identifique padrões de readmissão hospitalar por doenças respiratórias e sugira melhorias operacionais para reduzir esses índices." 

Dessa forma, o domínio da engenharia de prompt permite que profissionais da saúde aproveitem todo o potencial da IA, tornando-a uma aliada poderosa na gestão hospitalar, na assistência ao paciente e na pesquisa científica. 

A importância da engenharia de prompt: por que aprender a conversar com a IA? 

Entenda como a engenharia de prompt pode ajudar você a se destacar: 

Habilidade cada vez mais valorizada no mercado 

Com o crescimento do uso de IA em diversos setores, a demanda por profissionais que saibam interagir com essas tecnologias tem aumentado. Na área da saúde, essa habilidade pode ser utilizada por médicos, enfermeiros, pesquisadores e gestores para: 

• Obter relatórios mais detalhados e organizados a partir de bancos de dados de IA; 
• Melhorar a precisão de diagnósticos assistidos por IA; 
• Criar resumos automatizados de prontuários e artigos científicos; 
• Desenvolver assistentes virtuais para atendimento e triagem de pacientes. 

Melhor qualidade nas respostas da IA 

A qualidade das respostas fornecidas por uma IA generativa depende diretamente da clareza e estrutura do prompt utilizado. 

Por exemplo, ao solicitar informações sobre tratamentos para uma condição específica, um prompt genérico como “Me fale sobre o tratamento do diabetes” pode resultar em uma resposta ampla e pouco específica. 

Já um prompt mais detalhado como “Quais são as opções de tratamento para diabetes tipo 2 em pacientes idosos com insuficiência renal?” pode gerar uma resposta mais precisa e relevante. 

Criando um bom prompt: técnicas e dicas essenciais 

Elaborar prompts eficazes exige técnica e compreensão do funcionamento dos modelos de IA. Por isso, as próprias plataformas de IA, como a OpenAI, criadora do ChatGPT, informa em sua documentação como “conversar” com a inteligência artificial.   

Abaixo estão algumas estratégias fundamentais para construir comandos mais eficientes: 

1. Seja específico 

Um prompt eficiente deve ser claro e detalhado. Um dos pontos mais importantes é trazer o máximo possível do contexto da sua pergunta. 

• Exemplo ruim: “Me explique sobre pressão arterial” 
  
• Exemplo bom: “Explique os fatores de risco para hipertensão arterial em adultos acima de 50 anos” 

2. Direcione as perguntas 

Evite perguntas muito amplas. Em vez disso, faça perguntas que levem a respostas concretas e diretas. 

• Exemplo ruim: “Quais são as doenças cardiovasculares?” 
  
• Exemplo bom: “Quais são os principais sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva?” 

3. Defina o formato da resposta 

Caso precise ou deseje que a resposta venha em formatos específicos, peça isso à IA. Se o conceito for mais complexo, uma dica é pedir para que a inteligência artificial explique de forma simples, para leigos. 

• Exemplo ruim: “Explique o tratamento da COVID-19 para uma pessoa leiga” 
  
• Exemplo bom: “Liste os principais protocolos de tratamento da COVID-19 adotados pela OMS. Explique-os em uma linguagem acessível para pessoas que não têm formação na área da saúde” 

4. Especifique a fonte ou o contexto 

Ao trabalhar com IA em saúde, pode ser útil solicitar informações baseadas em fontes confiáveis ou artigos científicos. Isso é especialmente importante quando tratamos da área da saúde, que precisa ter fundamentação científica em suas informações. 

• Exemplo ruim: “Fale sobre câncer de mama” 
  
• Exemplo bom: “Com base em diretrizes médicas recentes, quais são as abordagens mais recomendadas para o rastreamento do câncer de mama?” 

5. Utilize palavras-chave relevantes 

Palavras-chave específicas ajudam a IA a entender melhor a intenção do usuário e oferecer respostas mais precisas. 

• Exemplo ruim: “Como tratar infecção hospitalar?” 
  
• Exemplo bom: “Quais são os principais antibióticos usados no tratamento de infecções hospitalares causadas por bactérias multirresistentes?” 

Saber formular perguntas e comandos de maneira estratégica não só melhora a qualidade das respostas obtidas, mas também otimiza processos clínicos e administrativos. 

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