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A inovação frugal é uma abordagem de desenvolvimento e implementação de soluções que busca maximizar resultados com recursos limitados. Originária de países em desenvolvimento, como China e Índia, essa abordagem se tornou uma estratégia reconhecida para promover o progresso sustentável.
A inovação frugal é uma abordagem que promove a criação e adaptação de produtos e serviços para consumidores com pouco ou médio poder aquisitivo, que geralmente estão fora do raio de interesse de grandes empresas.
Um gerenciamento baseado nessa abordagem tem como ponto de partida as necessidades dos mercados emergentes para desenvolver soluções adequadas a contextos específicos, promovendo a inclusão de grupos sociais geralmente desatendidos.
Basicamente, a inovação frugal prega fazer mais com menos, criando assim valor comercial e social com o mínimo de energia, capital e tempo. O termo começou a ser usada no final dos anos 2000 e ganhou destaque com uma reportagem de 2009 da revista The Economist , sendo usado para descrever o mercado indiano.
Podemos entender inovação como a concepção, aceitação e implementação de algo novo com valor agregado nas esferas econômica e social. Pode ser uma ideia, um método, um processo, um produto ou serviço.
Após a Segunda Guerra Mundial, a inovação passou a ser vista no meio empresarial como um sistema de entrada e controle de recursos, processos e saídas. Quanto mais recursos são utilizados, mais inovações se transformam em saídas.
No entanto, essa definição não era suficiente para explicar o sucesso comercial e escala de mercado de produtos e serviços em países emergentes, que têm restrições institucionais, econômicas e de infraestrutura. E é aí que a abordagem da inovação frugal entra, ao possibilitar a inovação com poucos recursos.
Para um projeto, produto ou serviço ser considerado uma inovação frugal , ele deve cumprir os seguintes requisitos:
O exemplo de inovação frugal mais conhecido é o carro Tata Nano , considerado o veículo mais barato do mundo em 2008. Ele foi desenvolvido pela Tata Motor, empresa indiana do Grupo Tata, fundado pelo empresário Ratan Naval Tata.
O carro foi projetado para atender as necessidades do mercado de países emergentes, custando US$ 2.500,00 na época do lançamento. Era um modelo compacto com poucos recursos, como ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, sistema de som e rodas de aço. Ele deixou de ser fabricado em 2018, após baixas vendas e relatos de falhas de segurança.
Apesar de ter se tornado conhecida na Índia, a inovação frugal tem um exemplo que faz parte do dia a dia de muitos brasileiros: o famoso tanquinho de lavar roupa.
Ele foi desenvolvido na década de 1970 por Carlos Pereira da Silva, fundador da Colormaq. Na época, máquinas de lavar roupa eram itens de luxo e, quem não podia arcar com o valor, tinha que lavar as roupas à mão.
Os custos na produção do tanquinho foram reduzidos ao se retirar as funções de centrifugação e enxágue, além de usar fibra de vidro. Hoje existem versões em plástico do eletrodoméstico.
Um exemplo brasileiro mais recente é a impressora 3D feita com sucata pelo engenheiro Lucas Lima. Morador do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Lima desenvolveu um equipamento de R$ 680,00, valor bem inferior aos R$ 17.000,00 de uma impressora 3D convencional. O projeto deu origem à startup Infill, que também oferece capacitação aos jovens da comunidade.
Existem muitos outros exemplos de inovação frugal. Consegue pensar em mais algum?
Por Redação Pós PUCPR Digital
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