Curso de neuroarquitetura é o novo lançamento da Pós PUCPR Digital

A neuroarquitetura é um campo multidisciplinar que reúne conceitos e pesquisas da neurociência, da psicologia e da arquitetura para aplicá-los nos espaços construídos. Ela tem como objetivo entender o impacto da arquitetura no cérebro e no comportamento humano. 

Seu principal benefício para arquitetas e arquitetos é a criação de projetos baseados em evidências – em oposição aos métodos tradicionais de projeto, considerados intuitivos. 

Para profissionais que desejam se aprofundar nesse campo, a Pós PUCPR Digital lançou o curso Neuroarquitetura, Bem-estar e Experiência do Usuário. 

Em aulas 100% online, os estudantes vão aprender: 

• O impacto dos ambientes nas emoções, decisões e produtividade; 
• Fundamentos científicos da neuroarquitetura; 
• Técnicas para projetar espaços que promovem saúde e bem-estar; 
• Estratégias sensoriais para otimizar foco, conforto e relaxamento; 
• Design aplicado a ambientes corporativos, escolares, residenciais e de saúde; 
• Métodos de pesquisa e avaliação da experiência do usuário. 

Os principais achados da neuroarquitetura 

Uma revisão de literatura publicada em 2024 reuniu os principais achados da neuroarquitetura desde os anos 2000. 

Um deles são os mecanismos neurais envolvidos na percepção dos espaços arquitetônicos, o Parahippocampal Place Area (PPA) e o Anterior Cingulate Cortex (ACC). 

O PPA é ativado ao visualizar imagens complexas de espaços como quartos, paisagens e ruas da cidade, e parece processar as fronteiras das cenas com base no espaço do observador. 

Já o ACC é ativado ao caminharmos por um ambiente construído, em especial quando nos deparamos com formas curvas. 

Outro achado é o papel do hipocampo na navegação e orientação espacial. Essa região do cérebro ajuda a codificar “mapas cognitivos”, uma representação mental da localização do indivíduo em um ambiente específico. 

Em relação à qualidade de vida e ao bem-estar, a neuroarquitetura mostra que a integração de elementos naturais, como luz natural e espaços verdes, pode melhorar significativamente a saúde mental, reduzir o estresse e aumentar a satisfação no trabalho. 

No entanto, o uso excessivo de iluminação artificial pode interromper os ritmos circadianos naturais, levando a distúrbios do sono e aumento do estresse. 

As cores também têm um papel importante, ao influenciarem respostas emocionais e fisiológicas. Cores específicas, como tons de azul, criam ambientes propícios ao relaxamento. 

Quem pode fazer o curso de neuroarquitetura 

Com 360 horas de duração, a especialização é indicada para arquitetos, urbanistas, designers de interiores, profissionais de UX e profissionais do cuidado que atuam em ambientes terapêuticos. 

Toda pessoa interessada em inovação, bem-estar e neurociência aplicada ao design, e que tenha um diploma de Ensino Superior, também pode fazer a pós em neuroarquitetura. 

Se interessou? Conheça as disciplinas e os professores do curso Neuroarquitetura, Bem-estar e Experiência do Usuário. 

💡Quer saber mais sobre neuroarquitetura? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo: 

• Abbas, S.; Okdeh, N.; Roufayel, R.; Kovacic, H.; Sabatier, J.-M.; Fajloun, Z.; Abi Khattar, Z. Neuroarchitecture: How the Perception of Our Surroundings Impacts the Brain. Biology 2024, 13, 220. https://doi.org/10.3390/ biology13040220 
• Villarouco, Vilma; Ferrer, Nicole; Paiva, Marie Monique; Fonseca, Julia; Guedes, Ana Paula. Neuroarquitetura: a neurociência no ambiente construído. Rio de Janeiro: Rio Books, 2021.