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Negócios e Gestão

Do dado à decisão: o que é e como construir uma cultura data-driven

Por Redação Pós PUCPR Digital   | 

Uma cultura data-driven é essencial para empresas que desejam se manter competitivas na era da informação. No setor público, ela auxilia em um melhor atendimento ao cidadão e na elaboração de políticas públicas eficazes. 

Ao tomar decisões baseadas em dados, as organizações ganham insights valiosos e realizam iniciativas que impulsionam a inovação. Entenda o que significa ter uma cultura data-driven a seguir: 

O que é a cultura data-driven 
Perfil dos profissionais data-driven 
Como reconhecer uma empresa data-driven  
Como criar uma cultura data-driven

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O que é a cultura data-driven 

A cultura data-driven (também chamada de “cultura orientada a dados”, em português) é a ênfase dada ao uso de dados no processo decisório de uma organização, seja ela pública ou privada, independentemente do setor de atuação. 

As informações geradas por testes e experimentações com os dados são consideradas mais importantes do que a opinião, pois asseguram uma tomada de decisão mais inteligente e com uma perspectiva holística, a partir da análise do passado, da compreensão do presente e da predição do futuro. 

Para isso, as organizações recorrem ao Business Intelligence (BI), um conjunto de métodos, processos e ferramentas que transformam os dados em informações úteis para embasar decisões. 

A cultura data-driven nas empresas ganhou força com o Big Data, conceito que surgiu nos anos 2000 com a massificação do acesso à internet. 

O Big Data é a junção e análise estratégica de um grande volume de dados. O diferencial nesse processo é justamente o de transformar os dados em informações úteis e valiosas, que possam ajudar as organizações a melhorarem seus processos.

Ele tem como pilares 7 Vs: 

  1. Volume: quantidade de dados coletados a serem analisados. Pode ser medido em Gigabytes (GB), Zettabites (ZB) e até em Yottabytes (YB). 
  2. Velocidade: agilidade na captação e no tratamento dos dados; 
  3. Vínculo: entendimento da conexão entre os dados, ou seja, como eles se relacionam e são hierarquizados; 
  4. Variedade: como os dados são gerados, de forma estruturada, semiestruturada ou não estruturados; 
  5. Variabilidade: analisa as variáveis relacionadas, como sazonalidades e eventos. 
  6. Veracidade: análise da acurácia de dados para evitar o acúmulo de informações inúteis no seu sistema. 
  7. Visualização: organização dos dados em esquemas visuais, como gráficos e tabelas. 

Ao adotar uma cultura data-driven, as empresas podem obter uma vantagem competitiva significativa, ao entenderem quem são os seus clientes, otimizarem processos, reduzirem custos e identificarem oportunidades de expansão do negócio. 

>>> Leia também: Mineração de dados, um processo poderoso para obter insights valiosos para negócios

Perfil dos profissionais data-driven 

Os profissionais data-driven não necessariamente são cientistas de dados ou têm um diploma na área de exatas. São pessoas das mais diversas formações que são capazes de ler, identificar a relevância e transformar dados em estratégias para a tomada de decisão.

Elas também demonstram as seguintes soft skills:

  • Pensamento analítico: habilidade de desconstruir um problema em partes menores, analisar cada uma delas e, por fim, estabelecer uma compreensão do todo. Fundamental para a interpretação de dados e identificação de padrões. 
  • Pensamento crítico: habilidade de questionar suposições e identificar vieses, evitando assim conclusões precipitadas ao analisar dados. 
  • Comunicação eficaz: habilidade de transmitir e receber informações de forma clara, concisa e didática. Essencial para elaborar e apresentar relatórios. 
  • Visão estratégica: compreender o contexto da organização e alinhar a análise de dados aos objetivos de negócio. 
  • Curiosidade: postura proativa em relação ao conhecimento, buscando novos métodos e ferramentas de coleta, armazenamento e análise de dados. 

Profissionais data-driven encontram vagas em todos os setores, em especial nos de logística, finanças, operações e atendimento ao consumidor. O principal cargo com demanda para esse perfil é o gerencial, mas analistas e coordenadores com uma mentalidade orientada a dados também são bastante valorizados.  

 

 

Como reconhecer uma empresa data-driven 

Para avaliar se uma empresa é data-driven ou não, são considerados 5 níveis de maturidade em dados, de acordo com metodologia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts): 

  1. Data Negation: empresas que são resistentes ao uso de dados em processos. 
  2. Data Curious: empresas que fazem aplicações pontuais para uso de dados. 
  3. Data Try: empresas que buscam criar uma operação orientada a dados estável. 
  4. Data Safety: empresas que usam os dados de forma estável, em especial para justificar tomadas de decisão. 
  5. Data Driven: empresas com uma cultura baseada em insights. Têm processos, pessoas e espaços adequados para usar os dados em prol dos negócios. 

Pesquisa de 2023 da Toccato com 125 empresas brasileiras concluiu que 45% delas estão no nível Data Safety, enquanto 41% são consideradas Data Try. Apenas 4% já alcançaram o estágio Data Driven.

A pesquisa utilizou um questionário quantitativo em que os próprios participantes avaliavam o nível de maturidade de dados da organização. Mesmo com um número pequeno de respondentes e sem uma avaliação externa da maturidade, os resultados servem para refletir sobre o longo caminho que muitas empresas ainda têm que percorrer para alcançar o status de data-driven. 

>>> Leia também: Você usa dados para construir brand equity? Descubra por que fazer isso agora mesmo

Como criar uma cultura data-driven 

Se você tem um cargo de liderança e gostaria de disseminar a cultura data-driven na sua equipe, saiba que existem algumas etapas que precisam ser superadas para que todos trabalhem orientados a dados. 

1. Estude como usar os dados para a tomada de decisão 

De nada adianta sonhar com uma cultura data-driven se você não conhece os conceitos e estratégias fundamentais para um bom uso de dados na tomada de decisão. 

Nos cursos da Pós PUCPR Digital, você aprende tudo isso com professores que são referência no mercado e atuam em big techs como Microsoft e Amazon. 

Conheça especializações que vão te ajudar a ter o conhecimento necessário para implementar uma cultura data-driven: 

>>> Análise de Dados para Tomada de Decisões

>>> Liderança e Transformação Digital na Era da IA

>>> Digital Mindset: Princípios da Ciência de Dados e Tecnologias

2. Defina uma visão e objetivos claros 

O primeiro passo é ter certeza sobre o que significa ter uma cultura data-driven para a sua empresa e quais são os objetivos que se deseja alcançar. Não adianta coletar e armazenar teras e mais teras de dados se a empresa não souber o que fazer com eles depois. 

São os objetivos que vão guiar a definição de metas e métricas a serem avaliadas. 

3. Invista em infraestrutura de dados 

Uma infraestrutura de dados sólida é fundamental para uma cultura data-driven. Isso inclui a implementação de sistemas de coleta, armazenamento e processamento de dados eficientes e que estejam de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Considere a adoção de ferramentas de análise de dados e visualização que possam ajudar a extrair insights úteis. As mais utilizadas são: 

  • Amazon QuickSight 
  • Datamelt 
  • Looker Studio 
  • Microsoft Power BI 
  • Oracle Analytics Cloud 
  • SAS 
  • Tableau 

4. Capacite os membros da equipe 

A capacitação dos colaboradores é crucial para o sucesso de uma cultura data-driven. Ofereça treinamentos e workshops para desenvolver as habilidades necessárias em análise de dados, interpretação e comunicação de insights. 

5. Estimule uma cultura de experimentação e aprendizado 

Incentive o time a testar novas ideias e hipóteses, utilizando dados para avaliar o impacto das iniciativas. Explicite que o erro é uma oportunidade de aprendizado e melhoria, criando assim um ambiente seguro para a experimentação. 

6. Promova a transparência e confiança nos dados 

Garanta que a equipe tenha acesso aos dados relevantes para sua área de atuação, além de entenderem de onde eles vieram. Isso ajudará a promover confiança nos insights gerados e nas decisões data-driven. 

7. Incentive a colaboração interdisciplinar 

Facilite a colaboração entre diferentes áreas da empresa, promovendo o compartilhamento de dados e insights. Isso pode ser feito por meio de espaços que propiciem esse relacionamento, como reuniões interdepartamentais ou plataformas de compartilhamento de dados. 

Criar uma cultura data-driven é um processo que não acontece da noite para o dia. É preciso um comprometido a longo prazo de todos os departamentos envolvidos, além de uma abordagem focada nos objetivos do negócio. 

Esperamos que este conteúdo sirva como um guia para você mudar a realidade da sua empresa e implementar uma operação orientada a dados. 

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