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Futuro do trabalho

O que é inteligência coletiva e por que ela é importante

Por Redação Pós PUCPR Digital   | 

Com a informatização e disseminação da internet na década de 1990, o filósofo Pierre Lévy descreveu o conceito de inteligência coletiva. Ela é uma forma de inteligência distribuída por toda parte e que mobiliza os saberes de todos os indivíduos, promovendo assim uma disseminação do conhecimento. 

A inteligência coletiva se manifesta em nosso dia a dia no uso de ferramentas digitais de colaboração, redes sociais e cursos online. Assim, sua importância está na valorização dos saberes individuais, no estímulo ao trabalho colaborativo e no maior acesso à informação. 

Conheça mais detalhes do conceito de inteligência coletiva a seguir: 

A definição de inteligência coletiva 
A importância da inteligência coletiva 
Como a inteligência coletiva aparece no mercado de trabalho 
Aprenda a pensar como um futurista!

Acelere sua carreira com os cursos da Pós PUCPR Digital!

A definição de inteligência coletiva 

A inteligência coletiva é uma inteligência que se distribui em toda parte, sendo valorizada e coordenada de forma ininterrupta. Ela mobiliza as competências de todos os indivíduos, não se restringindo a uma elite intelectualizada.

Toda pessoa pode contribuir com seu conhecimento, a depender do contexto em que ele seja valioso e importante para o desenvolvimento de um determinado grupo. Por isso, a inteligência coletiva tem como base o reconhecimento e o enriquecimento mútuo das pessoas. 

A troca de conhecimento se dá em um ambiente mediado pelas tecnologias da informação e comunicação (TICs). São elas que permitem uma sinergia e coordenação de informações, que acontecem no ciberespaço. 

O ciberespaço é um espaço de comunicação aberto pela interconexão de computadores do mundo inteiro. Ele desterritorializa saberes, por isso serve como suporte para a inteligência coletiva.

Essa definição é de Pierre Lévy, filósofo e professor convidado da Pós PUCPR Digital. Ele foi o criador do conceito de “inteligência coletiva”, que é detalhado pela primeira vez em um livro homônimo de 1994.

Lévy formulou o conceito incentivado pela informatização crescente da sociedade, que começava a se aventurar pela internet. Apesar de estar ligada à técnica, a inteligência coletiva é um ecossistema que também possui dimensão material, cultural e social.  

Para o autor, nessa nova era da informação e comunicação, o saber serviria como uma ferramenta de construção de laços sociais. Não apenas o saber científico, mas os saberes do cotidiano, de indivíduos de fora da academia. 

Assim, as pessoas teriam suas identidades ancoradas no conhecimento e não mais a uma nação ou ideologia – aqui é preciso ter em mente que Lévy escreveu sobre a inteligência coletiva em um período marcado pelo questionamento das identidades nacionais e das grandes ideologias com a globalização e a dissolução da União Soviética. 

E aí está o principal objetivo da inteligência coletiva: fazer com que o conhecimento seja a base das relações humanas.  

 

A importância da inteligência coletiva 

Apesar de estarmos longe do cenário ideal de democratização do acesso à informação e às tecnologias digitais, é possível ver a manifestação da inteligência coletiva em nosso cotidiano. 

Ela está presente nas redes sociais, nos blogs, nos fóruns, nas plataformas open source, nos cursos online e nas plataformas wiki, só para citar alguns exemplos. Esses canais facilitaram a disseminação de conhecimento para um público que, sem um smartphone, não teria acesso a ele. 

No mundo do trabalho, a inteligência coletiva é importante por estimular o trabalho colaborativo e valorizar as competências de cada um dos colaboradores. Tê-la como diretriz auxilia organizações a evitarem os silos de informação, estruturas de armazenamento de dados que não se comunicam entre si. 

A retenção de conhecimento em um único colaborador ou setor origina ineficiência e falta de produtividade, além de desalinhar todos os departamentos do objetivo de negócio. 

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Como a inteligência coletiva aparece no mercado de trabalho 

Não é apenas nos serviços online de gerenciamento de tarefas e nos arquivos compartilhados em rede que a inteligência coletiva aparece no mercado de trabalho. 

Ela se manifesta na colaboração entre profissionais com diferentes formações, além de reconfigurar a estruturação de cargos, planos de carreira e seleção de membros de equipes, em especial com o crescimento do trabalho remoto e híbrido.

Os setores das empresas contam cada vez mais com profissionais de diferentes formações. Um time de marketing, por exemplo, não tem apenas mercadólogos e publicitários. Ele conta com estatísticos, programadores, designers, jornalistas e psicólogos. Todos esses profissionais trabalham de forma colaborativa para que os conhecimentos dessas áreas sejam mesclados e levem a uma maior agilidade e inovação.  

A inteligência coletiva também é uma grande aliada na solução de gaps de conhecimento entre os colaboradores. Membros da equipe que dominam ferramentas de inteligência artificial (IA), por exemplo, conduzem treinamentos com colegas que não têm contato com essa tecnologia. 

Já os planos de carreira se tornam mais fluidos com a perspectiva da inteligência coletiva. O potencial de contribuição de um colaborador para um projeto ou atividade da empresa se torna mais importante do que o cargo que ele ocupa. Esse potencial também vai determinar os salários e as competências esperadas de cada profissional contratado.

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Aprenda a pensar como um futurista! 

Ao criar o conceito de inteligência coletiva a partir das inovações tecnológicas da década de 1990, Pierre Lévy atuou como um futurista. 

Futuristas são profissionais que fazem previsões de futuros possíveis com base em projeções estatísticas, pesquisas científicas, notícias e tendências. Eles têm métodos próprios de trabalho que ajudam a eliminar ruídos e evitar conclusões sem embasamento em dados.

Toda pessoa é capaz de adotar uma postura de futurista, o que é fundamental para quem quer se adaptar ao futuro do trabalho, planeja empreender ou ocupa cargos de liderança em uma organização.

Para quem deseja aprender a prever futuros possíveis, a Pós PUCPR Digital desenvolveu o curso Future Thinking: Sociedade, Tecnologia e Mercado, especialização reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). 

As aulas são 100% online e são ministradas por grandes nomes como o próprio Pierre Lévy. Ele é acompanhado pelo historiador e autor best-seller Yuval Noah Harari, o neurocientista Miguel Nicolelis e o físico Marcelo Gleiser. 

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