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Pós-graduação

Por que o analista de compliance está em alta no mercado de trabalho

Por Mariana Moraes   | 

Nos últimos anos, acompanhamos nos noticiários brasileiros diversos escândalos de corrupção envolvendo grandes companhias.

Além disso, segundo levantamento realizado em 2021 pela Transparência Internacional, o Brasil ocupa a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), entre 180 países analisados. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.

Em função desse cenário, o setor de compliance tem ganhado destaque no mercado de trabalho. Afinal, cada vez mais organizações estão preocupadas em seguir as leis, evitando processos jurídicos e mantendo boa reputação.

Nesse contexto, o analista de compliance é um dos profissionais mais requisitados, tendo a expertise necessária para prevenir e corrigir erros.

Você sabe o que faz esse profissional e como se tornar um? Neste artigo, explicamos mais sobre a carreira de analista de compliance e como ingressar nessa área.

Aqui você vai conferir:
O que é compliance e a importância para as organizações
O que faz um analista de compliance
O salário de um analista de compliance
Como trabalhar na área de compliance

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O que é compliance e a importância para as organizações

Compliance é um termo derivado do verbo “to comply”, que em português significa “conformidade”.

Assim, podemos dizer que o setor de compliance é aquele que busca estar em conformidade com as leis dentro de uma organização, garantindo que todas as normas, regras e regulamentos internos estão sendo cumpridos à risca.

É função também desse setor o desenvolvimento de códigos de conduta, auditorias, controles de gestão de riscos, ações de prevenção, monitoramento de dados contábeis e criação de canais de denúncias.

Por mais que pareça uma área nova, saiba que os primeiros departamentos de compliance foram criados em 1906, nos Estados Unidos.

Mas, na época, seu objetivo era diferente do atual: ele foi desenvolvido para ajudar na gestão, controle e criação de diretrizes para a produção de alimentos e medicamentos.

Apenas com a expansão do setor que a área de compliance começou a ganhar os contornos que tem hoje.

Atualmente, o setor compliance é responsável pelo conjunto de normas e regras que a organização deve seguir para se manter em concordância com as leis vigentes, além de garantir uma consolidação dos valores e cultura da instituição e criar um manual de boas práticas para todos os funcionários.

Compliance no Brasil

No Brasil, o setor de compliance passou a ter maior importância a partir da instauração da Lei Anticorrupção (Lei Federal no 12.846/13), vigente desde 2013.

A partir dessa lei, muitas empresas compreenderam a importância de implementar um programa de compliance robusto e eficiente, buscando atenuar riscos e garantir que suas ações estarão sempre dentro dos limites legais.

A Lei Anticorrupção prevê a existência de mecanismos e processos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta nas empresas.

Assim, instaurar um programa de compliance torna-se uma vantagem para as organizações brasileiras.

Além disso, segundo uma pesquisa da Câmara Americana de Comércio (Amcham), 59% das organizações brasileiras investiram em melhores políticas de compliance após a Lava Jato.

E essa maior preocupação em prestar contas também acabou movimentando o mercado de trabalho para os profissionais da área, crescendo a demanda por analistas de compliance.

Afinal, um simples desvio pode ser fatal para a reputação de uma marca, fazendo com que ela perca grandes negócios.

Por isso, o setor de compliance está tão em alta nas organizações, tornando-se um dos mercados mais aquecidos da atualidade.

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O que faz um analista de compliance

O analista de compliance costuma atuar em duas frentes: financeira e jurídica.

Na parte financeira, a analista de compliance é responsável por controlar e manter a regularidade de todas as finanças da organização.

Para isso, ele realiza auditorias, identificando possíveis riscos, desvios e ações que fogem do esperado ou que podem colocar o negócio em uma situação ruim.

Profissionais de compliance na área financeira normalmente são formados em administração, economia ou ciências contábeis.

Já no campo jurídico, o profissional de compliance — que deve ser graduado em Direito — fica encarregado de interpretar as leis vigentes que se aplicam ao empreendimento a fim de disseminar boas condutas.

Nessas duas áreas, a procura pelo analista de compliance está em alta.

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O salário de um analista de compliance

De acordo com o site Vagas, quem trabalha como analista de compliance ganha em média um salário de R$ 4.641.

A Catho também apresenta remuneração média semelhante para a posição. Segundo o portal, a média salarial é R$ 4.071,93.

>>> Leia mais: ISO 27000: tudo o que você precisa saber para se destacar na segurança da informação

Como trabalhar na área de compliance

Para trabalhar com compliance, o ideal é fazer uma pós-graduação na área, além de cursos de curta duração sobre normas anticorrupção, governança corporativa, controles internos, entre outros.

Aqui na Pós PUCPR Digital, temos a especialização em Gestão de Risco, Compliance e Auditoria EAD. Ela é voltada para os profissionais formados em Direito que buscam atuar no setor de compliance.

Essa pós-graduação integra práticas de compliance, auditoria e gestão de riscos, trazendo transparência às relações, às comunicações e viabilizando que empresas e profissionais estejam em conformidade com a lei em seus processos.

O curso tem carga horária de 360 horas, sendo 300 horas de aulas e 60 horas para o projeto final.

Para concluir cada disciplina, o aluno terá até 21 dias para interagir com as aulas e 90 dias para realizar as atividades.

A especialização é 100% online, permitindo que os estudantes assistam as aulas e realizem os trabalhos de onde e no momento que preferirem.

Veja o programa completo da pós em Gestão de Risco, Compliance e Auditoria EAD:

  • Ética: Inteligência Moral na Era Digital
  • Admirável Futuro Novo
  • Fundamentos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
  • Segurança da Informação: Gestão de Vulnerabilidades e de Riscos
  • Análise de Cenários Econômicos
  • Fiscalização e Monitoramento
  • Compliance de Integridade
  • ERM, Modelos de Diretrizes e Maturidade
  • Liderança e Cultura Organizacional
  • Governança Corporativa e Melhores Práticas
  • ESG - Environmental, Social and Governance
  • Planejamento Estratégico e Geração de Valor
  • Identificação de Riscos e Diretrizes
  • Programas de Compliance
  • Controles Internos, Processos de Gestão e Auditoria

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Sobre o autor

Mariana Moraes

Mariana Moraes

Jornalista formada pela UFRGS e redatora da Pós PUCPR Digital.

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