Inscreva-se
imagem
PUCPR Logo

Como valorizar pessoas com autismo no mercado de trabalho

Redação Pós PUCPR Digital • 18 de julho de 2024

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit

Acompanhe

    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica que afeta a forma como uma pessoa se comunica, interage socialmente e percebe o mundo.


    Embora a compreensão do autismo tenha aumentado significativamente nas últimas décadas, ainda existem muitos mitos e mal-entendidos que cercam a condição, especialmente no mercado de trabalho.


    Com a Lei 12.764, de 2012, também conhecida como Lei Berenice Piana, que abriu as portas para o reconhecimento do Autismo dentro do rol das demais deficiências, o assunto começou a ser discutido dentro das organizações.


    Por isso, este artigo tem como objetivo desmistificar o autismo, destacar os desafios enfrentados por pessoas autistas no mercado e, mais importante, identificar oportunidades para empresas e coordenadores que buscam incluir e valorizar profissionais autistas em suas equipes.

    O que é ser autista? 

    Classificado como um dos transtornos do neurodesenvolvimento, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) se caracteriza pelas dificuldades de comunicação e interação social, além de comportamentos restritos e repetitivos.


    Isso significa que a pessoa autista tem uma maneira diferente de processar informações e experenciar a vida cotidiana. As características do autismo variam, mas é comum incluírem limitações em iniciar, manter e entender relacionamentos, dificuldade na reciprocidade emocional e linguagem.


    É importante lembrar que o espectro autista é vasto e inclui uma variedade de experiências e habilidades, o que significa que cada pessoa autista é única no seu jeito de ser e se comportar no mundo. 

    Mitos comuns sobre o autismo 

    Abaixo, você confere os três principais mitos sobre o autismo desmistificados:


    1. Pessoas autistas não conseguem trabalhar em equipe

    A realidade é que muitas pessoas autistas têm habilidades excepcionais de colaboração, especialmente quando o ambiente é estruturado e suas necessidades de comunicação são respeitadas.


    Por causa disso, é essencial que as lideranças disseminem informações úteis sobre a condição de alguém com TEA e incentivem o respeito às possíveis situações de isolamento e dificuldade de expressão.


    2. Pessoas autistas não são emocionais

    Na verdade, pessoas autistas experimentam emoções intensas, mas podem expressá-las de maneiras diferentes.


    Dessa forma, é necessário que o ambiente de trabalho seja acolhedor e deixe-as confortáveis para poderem ser elas mesmas, incentivando o respeito às possíveis situações de isolamento e dificuldade de expressão.


    3. Pessoas autistas só podem trabalhar em áreas técnicas

    A realidade é que, embora algumas pessoas autistas apresentem aptidões notáveis em áreas técnicas, elas também podem prosperar em diversos setores, como artes, educação, saúde e negócios. Entre as habilidades que se destacam estão:


    • capacidade de lidar com questões lógicas e matemáticas; 
    • inclinação para serviços visuais; 
    • disposição para atividades repetitivas e metódicas que favoreçam uma rotina; 
    • talento para trabalhos que envolvam regras, padrões e conceitos bem definidos; 
    • habilidade de lembrar fatos a longo prazo.

    Desafios no Mercado de Trabalho 

    Pessoas dentro do espectro de TEA enfrentam uma série de desafios no mercado de trabalho que podem dificultar sua inclusão e sucesso. Compreender esses desafios é crucial para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo. Abaixo, você confere os principais:


    1. Barreiras de comunicação

    A comunicação pode ser uma área de dificuldade significativa para muitas pessoas autistas. Isso pode incluir desafios com a comunicação verbal e não verbal, interpretação de nuances sociais e conversas informais.


    No ambiente de trabalho, isso pode levar a mal-entendidos ou subestimação das habilidades e contribuições do profissional autista. Por isso, momentos com as equipes de capacitações e até mesmo psicoterapia podem ser úteis para auxiliar os colegas a como trabalhar em conjunto e desenvolver habilidades para um ambiente mais inclusivo.


    2. Sensibilidade sensorial

    Muitas pessoas autistas têm sensibilidades sensoriais aumentadas. Ambientes de trabalho ruidosos, iluminação intensa ou outras distrações sensoriais podem ser extremamente desconfortáveis e impactar a produtividade. Adaptar o ambiente de trabalho para acomodar essas sensibilidades é uma maneira importante de apoiar colaboradores autistas.


    3. Preconceitos e estereótipos

    O preconceito e a falta de entendimento sobre o autismo ainda são prevalentes em muitos locais de trabalho. Assumir que uma pessoa autista é incapaz ou inadequada para certos papéis pode limitar suas oportunidades e impedir que elas alcancem seu pleno potencial.

    Oportunidades para organizações

    Ao adotar uma abordagem inclusiva, as empresas podem não apenas apoiar seus funcionários autistas, mas também se beneficiar das diversas habilidades e perspectivas que eles trazem para a equipe. Aqui estão algumas estratégias para promover a inclusão de pessoas com autismo no ambiente de trabalho:


    1. Recrutamento inclusivo

    Adotar práticas de recrutamento que sejam acessíveis e inclusivas é o primeiro passo para atrair talentos autistas. Isso pode incluir ajustes nos processos de entrevista para reduzir o estresse e permitir que os candidatos mostrem suas habilidades de maneiras diferentes.


    2. Treinamento e sensibilização

    Oferecer treinamento sobre autismo para todos os funcionários pode ajudar a reduzir preconceitos e aumentar a compreensão e a empatia. Isso inclui ensinar sobre as características do autismo, como oferecer suporte adequado e a importância de um ambiente de trabalho inclusivo.


    3. Adaptações no ambiente de trabalho

    Fazer adaptações simples no ambiente de trabalho pode fazer uma grande diferença. Isso pode incluir oferecer fones de ouvido para reduzir o ruído, ajustar a iluminação ou permitir horários de trabalho flexíveis. Essas mudanças podem melhorar significativamente a experiência de trabalho para pessoas autistas.


    4. Valorização das habilidades

    Como você viu, pessoas autistas podem ter habilidades únicas, como atenção aos detalhes, capacidade de foco profundo e habilidades analíticas excepcionais. Identificar e valorizar essas habilidades pode beneficiar a empresa e permitir que os colaboradores autistas prosperem em suas carreiras.


    Para resumir, desmistificar o autismo significa criar ambientes de trabalho mais inclusivos que, por consequência, acabam valorizando e aproveitando o potencial de pessoas com TEA.


    Empresas que se dedicam a entender e apoiar seus colaborares autistas não apenas promovem a inclusão, mas também se beneficiam de uma força de trabalho diversificada e talentosa. Ao reconhecer e abordar os desafios, bem como as oportunidades, podemos criar um mercado de trabalho mais justo e produtivo para todos.


    Assim, os líderes passam a realmente enxergar não para os problemas relacionados à condição do trabalhador, mas para as habilidades e competências reais que vão agregar ao processo de trabalho.

    Por Redação Pós PUCPR Digital

    Gostou deste conteúdo? Deixe seu comentário abaixo ou compartilhe com seus amigos!

     

    Assine a News da Pós para ficar por dentro das novidades


    Receba conteúdos sobre:


    • tendências de mercado
    • formas de escalar sua carreira
    • cursos para se manter competitivo.


    Quero receber

    Conteúdo Relacionado

    Share by: