Comportamentos alimentares explicados pela neurociência

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Olivia Baldissera • 21 de maio de 2025

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    Mais de 78% dos brasileiros residentes nas capitais do país não consomem a quantidade mínima de frutas, verduras e legumes recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de acordo com o Ministério da Saúde. 


    Além de fatores socioeconômicos, aspectos neurobiológicos fazem parte da explicação sobre a má alimentação da população. Conhecê-los a fundo se tornou um pré-requisito para nutricionistas e demais profissionais da saúde que desejam oferecer um atendimento baseado em evidências. 


    Por isso a Pós PUCPR Digital desenvolveu o curso Neurociência e Comportamento Alimentar

    A poster with a brain made of fruits and vegetables

    A especialização é voltada para profissionais que querem aprofundar seus conhecimentos sobre os mecanismos neurobiológicos envolvidos na alimentação, com ênfase em contextos de estresse, compulsão e hábitos disfuncionais. 


    Nutricionistas, nutrólogos, endocrinologistas, psicólogos, psiquiatras e profissionais de educação física são o público-alvo da pós-graduação, que oferece uma base sólida em neurociência aplicada. 


    Ao final do curso, os estudantes serão capazes de desenvolver intervenções nutricionais e terapêuticas baseadas em evidências, que aumentam as chances de os pacientes aderirem ao tratamento e, consequentemente, de resultados clínicos positivos. 


    As aulas também oferecem capacitação para mapear gatilhos emocionais que afetam o comportamento alimentar e para desenvolver planos de cuidado individualizados. 

    O que a neurociência tem a dizer sobre comportamento alimentar 

    A alimentação vai muito além da ingestão de nutrientes. Do ponto de vista da neurociência, comer envolve uma complexa rede de interações entre o cérebro, o corpo e o ambiente, que afeta diretamente as escolhas à mesa. 


    O hipotálamo, uma pequena estrutura localizada na base do cérebro, é considerado o centro de comando do apetite. É ele quem integra informações hormonais e sensoriais para regular a fome e a saciedade. 


    No entanto, a regulação do comportamento alimentar não é determinada apenas pela necessidade biológica de se alimentar. Existem circuitos neuronais distintos que atuam paralelamente: um controla a fome fisiológica, outro regula o prazer de comer. 


    Isso significa que mesmo após a saciedade física ser atingida, o impulso de continuar comendo pode persistir, especialmente diante de alimentos muito palatáveis, como os ultraprocessados ricos em açúcar, sal e gordura. 


    Esse fenômeno é amplificado pela forma como o cérebro reage a esses alimentos. Estudos mostram que eles ativam as mesmas regiões cerebrais associadas ao sistema de recompensa, como o núcleo accumbens, promovendo sensações intensas de prazer e reforçando o desejo por repetição. 


    Essa é uma das razões pelas quais muitas pessoas sentem dificuldade em controlar o consumo de certos alimentos, mesmo sabendo que isso pode ser prejudicial à saúde. 


    Além dos aspectos neurológicos relacionados ao apetite e ao prazer, os sentidos — especialmente olfato e paladar — desempenham papel fundamental na experiência alimentar. 


    A percepção dos aromas, sabores e texturas ativa memórias, emoções e expectativas. A culinária, nesse contexto, pode ser compreendida como uma forma de comunicação sensorial entre cérebro e alimento. 


    Acredita-se que a escolha de ingredientes, o modo de preparo e até mesmo a apresentação de um prato influenciem não apenas o apetite, mas também a forma como o alimento será metabolizado e registrado no cérebro. 


    Outro ponto importante revelado pela neurociência é a existência de grupos de neurônios específicos, como os AgRP, que são ativados em situações de privação alimentar. 


    Esses neurônios estão diretamente ligados à motivação para buscar comida — e sua atividade se reduz rapidamente assim que o cérebro recebe sinais de que o alimento está próximo, mesmo antes da ingestão. 


    Percebe-se que o sistema nervoso central antecipa a alimentação e responde a estímulos ambientais, o que pode ter implicações práticas em contextos de dietas muito restritivas, nas quais a privação prolongada pode reforçar comportamentos compulsivos. 


    Entender que o comportamento alimentar está profundamente enraizado em mecanismos cerebrais pode ajudar no desenvolvimento de estratégias mais eficazes e compassivas para o tratamento do sobrepeso, da compulsão alimentar e de outras desordens metabólicas. 


    Intervenções que consideram tanto os aspectos fisiológicos quanto os emocionais da alimentação — como a reeducação sensorial, o manejo do estresse, o desenvolvimento de hábitos prazerosos e a construção de uma relação mais saudável com a comida — tendem a ser mais sustentáveis a longo prazo. 


    Os parágrafos acima são apenas um breve resumo do que será abordado nas aulas do curso Neurociência e Comportamento Alimentar. Confira as ementas das disciplinas e dê o primeiro passo rumo à sua especialização! 

    A man and a woman are on a poster that says

    💡Quer saber mais sobre a relação entre neurociência e comportamento alimentar? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste artigo: 


    Por Redação

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