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As 5 maiores inovações tecnológicas na saúde durante a pandemia

okleina • abr. 20, 2021

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    A pandemia do novo coronavírus forçou a medicina a se reinventar. Como atender pacientes sem contato físico e, ao mesmo tempo, de forma acolhedora? E como diagnosticar uma doença cujos sintomas ainda estão sendo descobertos?

    Estas e outras questões motivaram a realização de uma edição do Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica voltada às soluções no combate à Covid-19.

    Os 5 projetos vencedores da premiação aliaram as novas tecnologias à saúde, reforçando a aplicação prática do conceito de Saúde 4.0. 

    Confira a seguir as 5 maiores inovações tecnológicas na saúde desenvolvidas durante a pandemia do novo coronavírus.

    1. Rede Inteligência Artificial para Covid-19 no Brasil (IACOV-BR)

    Como saber se uma pessoa que contraiu o novo coronavírus desenvolverá um quadro grave da doença e precisará de uma UTI? Ou que ela pode se recuperar apenas se mantendo isolada em casa?

    A inovação na saúde está no uso inteligente dos dados coletados no momento da triagem de pacientes em clínicas e hospitais das cinco regiões do país, logo após o resultado positivo para Covid-19. Atualmente, vinte hospitais participam da rede IACOV-BR, contribuindo com a coleta de dados.

    Com base no machine learning, pesquisadores da rede Inteligência Artificial para Covid-19 no Brasil (IACOV-BR) desenvolveram algoritmos capazes de predizer como será a evolução do quadro do paciente.

    A análise preditiva permite que as redes pública e privada de saúde se preparem para atender uma alta demanda de internamentos, além de oferecer um diagnóstico e um tratamento mais personalizados.

    A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) é a responsável por este projeto de inovação na saúde, realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Fundação Oswaldo Cruz do Paraná (FIOCRUZ-PR), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade de Brasília (UnB).

    O IACOV-BR conta com financiamento da Microsoft, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

    2. Diagnóstico molecular: OmniLAMP

    Os testes em massa na população foram apontados como uma das principais armas no combate à Covid-19 logo no início da pandemia. E também se mostraram um desafio: como testar milhões de indivíduos em pouco tempo?

    A resposta veio da aplicação das novas tecnologias na saúde, com um dispositivo portátil e de baixo custo, o OmniLAMP. Ele realiza testes moleculares sem a necessidade de uma estrutura laboratorial, a partir da detecção do material genético do Sars-CoV-2. O equipamento foi projetado para ser usado em consultórios, unidades de saúde, hospitais e empresas.

    A inovação do OmniLAMP está no uso do método amplificação isotérmica medida por loop (LAMP, na sigla em inglês), que permite que todo o processamento do teste aconteça em uma mesma temperatura. Não é necessário que o teste da Covid-19 seja realizado em laboratório, além de diminuir o custo de fabricação do dispositivo.

    Esta nova tecnologia na saúde já se mostrou um excelente substituto dos exames convencionais RT-PCR. Ela foi desenvolvida em parceria entre o Instituto René Rachou/Fiocruz Minas e a empresa Visuri, com o apoio do Instituto Serrapilheira.

    3. Diagnóstico por meio de análise de imagens radiológicas e Inteligência Artificial (IA): RadVid19

    Mais uma vez a inteligência artificial mostrou seu potencial de inovação na saúde. Por meio de algoritmos e acesso a um banco de dados com mais de 25 mil tomografias de tórax, a IA auxilia médicos na análise de imagens para identificar casos de Covid-19.

    A IA faz a varredura de milhares de tomografias de tórax e, por comparação, indica se a imagem do pulmão de um determinado paciente é compatível com algum quadro de infecção. A tecnologia recebeu o nome de RadVid19 e foi disponibilizada a médicos de todo o país.

    O algoritmo também aponta o grau de comprometimento do pulmão, sinalizando se há necessidade ou não de internação – o que faz a diferença entre a vida e a morte para muitos pacientes de Covid-19.

    A RadVid19 foi desenvolvida Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Inrad-HCFMUSP), que conta com um núcleo inteiro voltado à inovação tecnológica na saúde.

    4. Cicloergômetro Vida Inteligente

    Segundo dados do projeto Impacto MR, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) , um paciente com Covid-19 passa, em média, 22 dias internados no hospital, doze deles na UTI.

    O longo período em uma cama de hospital leva à fraqueza muscular, dores, paralisia dos membros e perda de peso. Se a fisioterapia já é difícil para pacientes lúcidos, como ajudar quem está inconsciente?

    A solução está nas novas tecnologias que permitem equipamentos de reabilitação smart, como o Cicloergômetro Vida Inteligente. Parecida com uma mini bicicleta, a máquina funciona a partir da colocação de eletrodos nas pernas dos pacientes.

    São as descargas elétricas que estimulam os movimentos, ao gerar contração muscular. Toda a atividade é monitorada por médicos e fisioterapeutas, que têm acesso aos dados para ajustar a intensidade e a duração dos exercícios.

    Por enquanto, o Cicloergômetro Vida Inteligente está na fase de prototipagem. Esta inovação tecnológica na saúde é um projeto do Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

    5. Cabines de teleatendimento da SAS Brasil

    Fundada em 2013, a ONG Saúde, Alegria e Sustentabilidade Brasil (SAS Brasil) oferece atendimento médico humanizado a comunidades carentes de todo o Brasil. A pandemia do novo coronavírus fez com que a instituição adotasse a telemedicina e o prontuário eletrônico.

    Para atender quem tem acesso limitado à internet, a inovação na saúde encontrada pela SAS Brasil foram as cabines de teleatendimento com desinfecção automáticas. Duas foram instaladas na comunidade da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, e uma no Jardim Colombo, zona oeste de São Paulo.

    A ONG ainda entrega oxímetros na casa de moradores diagnosticados com Covid-19, para que possam monitorar a oxigenação no sangue e, quando necessário, buscar ajuda hospitalar.

    A inovação tecnológica já impactou 1 milhão de pessoas até dezembro de 2020 e mostrou como a transformação digital é uma realidade na área da saúde.

    Todas estas propostas só foram possíveis graças à aliança entre novas tecnologias e um atendimento humanizado, que compreende as reais necessidades dos pacientes.

    Por okleina

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