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Você já parou para pensar se os seus pacientes concordariam em receber a assistência médica de um robô? Provavelmente boa parte deles responderia que sim.
Pelo menos 54% dos usuários dos sistemas de saúde aceitariam ser atendidos por um robô/inteligência artificial (IA), segundo pesquisa da consultoria PwC de 2016. Foram entrevistadas mais de 12 mil pessoas, de 12 países diferentes, para se chegar a esta conclusão.
Para os participantes, as principais vantagens da assistência fornecida pela inteligência artificial na saúde são:
Não é de se estranhar que pacientes do mundo inteiro não achem a IA algo de outro mundo, pois a disseminação de smartphones colocou esta tecnologia no seu dia a dia. Isso significa que os profissionais de saúde serão substituídos por máquinas?
Nada disso.
Eles se tornarão ainda mais importantes na assistência médica, por terem habilidades que o mais moderno dos robôs não tem. Descubra quais são nos próximos parágrafos, após entender o impacto da inteligência artificial na saúde no trabalho de médicos, enfermeiros e demais profissionais da medicina.
O termo "inteligência artificial" refere-se à capacidade de uma máquina realizar atividades de uma forma considerada inteligente. Esse dispositivo deve conseguir simular habilidades humanas como a análise, o raciocínio e a percepção do ambiente.
Apesar de parecer algo futurista, a IA já era discutida na década de 1940, nos trabalhos de Alan Turing, como o artigo “Computing Machinery and Intelligence”. Na medicina, o assunto ganhou destaque na década de 1990, tendo como trabalho mais significativo o artigo “The adolescence of AI in Medicine: Will the field come of age in the '90s?” , do professor de Stanford Edward H. Shortliffe. Hoje é um campo científico interdisciplinar consolidado, que reúne pesquisadores da Filosofia, Linguística, Biologia, Psicologia e Neurociência, só para citar alguns exemplos.
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Agora que você já sabe o que significa o termo, hora de entender como a inteligência artificial na saúde é aplicada na prática. Confira 5 exemplos:
A IA tem uma capacidade incrível de reconhecer padrões ("pattern recognition", em inglês), o que auxilia no diagnóstico de lesões dermatológicas e na produção de laudos de exames de imagem.
A plataforma Watson Health da IBM e o supercomputador Deep Mind da Google, por exemplo, auxiliam no diagnóstico de doenças por meio da identificação de padrões. A primeira auxilia na detecção de retinopatia diabética, a partir da análise de um banco com 35 mil imagens de retina. Já o segundo identifica sinais de melanoma com mais acurácia do que dermatologistas (76% contra 70,5%).
O banco de dados de plataformas como a Watson Health auxilia a fazer correlações entre dados como textos, imagens, áudios e vídeos para que o profissional de saúde consiga fazer um diagnóstico mais preciso.
Hoje a inteligência artificial na saúde da IBM conta é alimentada com todas as informações do PubMed e Medline, além dos prontuários de pacientes do Sloan Kettering Memorial Cancer Hospital, de Nova York. Sua base de dados sobre oncologia é referência para especialistas do mundo inteiro.
Smartphones e wearables coletam todos os dias dados sobre a saúde de seus donos, como o ritmo cardíaco, a pressão sanguínea, a saturação de oxigênio e o tempo dedicado à atividade física. Estas informações são armazenadas e podem ser consultadas pelo profissional de saúde, que poderá fazer uma orientação mais individualizada ao paciente.
Cabe ressaltar que, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) , as informações relacionadas à saúde de uma pessoa são consideradas dados sensíveis, por isso também devem ser preservadas pelo sigilo médico.
Procedimentos cirúrgicos são aprimorados com a aliança entre robótica e IA. A tecnologia permite a análise de registros médicos pré-operatórios e, assim, orientar o cirurgião em tempo real sobre quais instrumentos usar durante a intervenção. Ela também oferece informações sobre novas técnicas cirúrgicas e estudos de casos.
Na área da ortopedia, por exemplo, a adoção da inteligência artificial na saúde reduziu em um quinto o número de complicações pós-cirúrgicas, se comparado o número de cirurgias realizadas com e sem assistência de robôs. Ainda, a tecnologia reduziu em 21% o tempo de internamento de pacientes. A conclusão é de um estudo de 2017 , que comparou os dados de 379 pacientes ortopédicos de nove centros cirúrgicos dos Estados Unidos.
A IA auxilia na busca de informações sobre pacientes e conhecimento médico em geral. Assim todo o corpo clínico de um hospital poderá conhecer o histórico médico de um paciente e, quando ele for atendido por diferentes profissionais, não precisará relatar várias vezes a mesma queixa. É o que acontece em hospitais digitais , que têm todos os setores integrados.
A adoção da IA nos sistemas de saúde público e privado só irá aumentar. Ela é um dos sinais de um fenômeno mais amplo, o da Saúde 4.0 , que integra as novas tecnologias ao setor da saúde.
A inteligência artificial na saúde já impacta a prática médica das seguintes formas:
Sim, a inteligência artificial na saúde traz vantagens incríveis para pacientes e médicos. Porém a tecnologia não oferece o mais importante em uma consulta médica: explicar à pessoa o motivo de sua queixa e ajudá-la a aliviar a angústia.
Em outras palavras, a IA é uma ótima ferramenta para apontar possíveis problemas de saúde, ao identificar lesões na pele ou analisar padrões de imagem. Ela oferece o know-what, sem explicar o porquê de determinados sintomas terem aparecido. Cabe ao médico aliar a tecnologia às suas habilidades comunicacionais para oferecer um know-why aos pacientes. Dessa forma, o profissional de saúde adquire o caráter de um agente terapêutico, ao orientar de uma forma humanizada o indivíduo.
Por isso a Associação Americana de Medicina (AMA, na sigla em inglês) defende que a formação de um profissional de saúde deve abranger também as soft skills, as habilidades sociocomportamentais. A entidade publicou o relatório
“Creating a Community of Innovation – The work of the AMA accelerating change in medical education” , elaborado a partir de pesquisa com mais de 19 mil estudantes de medicina de 32 universidades dos Estados Unidos. O documento propõe que a formação do profissional aborde:
Tenha em mente que estas habilidades para oferecer uma boa assistência aos seus pacientes podem ser desenvolvidas ao longo da vida, não apenas na faculdade. Você pode trabalhá-las nas atividades cotidianas, em workshops e em cursos de pós-graduação, por exemplo.
Por Olivia Baldissera
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