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O que você pode aprender com Jeff Sutherland, inventor do Scrum

okleina • 12 de maio de 2022

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    O que Microsoft, Google, Philips, Sabre, BBC, Capital One, First American Real Estate e a Globo têm em comum?

    Todas essas corporações utilizam o Scrum, seja qual for o setor em que atuam.

     

    O método tem mais de 30 anos de existência e ainda é o preferido entre as metodologias ágeis. Isso mostra como seus idealizadores realmente inovaram na forma como são conduzidos os processos de desenvolvimento de produtos.

     

    E você tem a oportunidade de ter aulas online com um desses idealizadores: Jeff Sutherland é professor convidado dos cursos Gestão de Projetos, Jornada do Cliente e Metodologias Ágeis e Governança de TI, Segurança Digital e Gestão de Dados da Pós PUCPR Digital .

    Aqui você vai ter um gostinho do conhecimento que ele vai compartilhar nas aulas da Pós PUCPR Digital.

    Preparamos um resumo das principais ideias do método Scrum, desenvolvido por Jeff Sutherland em parceria com Ken Schwaber. O Guia Scrum na íntegra pode ser acessado aqui.

    Você vai ver:

    Quem é Jeff Sutherland

    Jeff Sutherland é conhecido por ser um dos cocriadores do Scrum e por ter assinado o Manifesto Ágil , publicado em fevereiro de 2001.

    O documento foi elaborado por 17 desenvolvedores de software, que se reuniram em Utah para discutir a burocratização dos processos e a verticalidade do sistema. Além de Sutherland, Alistair Cockburn, inventor da Metodologia Ágil Crystal, e Ward Cunningham, criador do conceito wiki, também assinaram o documento.

    O Manifesto Ágil tem 4 valores básicos e 12 princípios, que norteiam a Cultura Ágil até hoje. Conheça cada um deles.

    Antes de atuar na área de TI, Jeff Sutherland se graduou na United States Military Academy e trabalhou para o exército americano durante 11 anos. Também já foi CTO de onze empresas de software.

    Ele começou a desenvolver o Scrum em 1993, quando organizou a primeira equipe Scrum. O trabalho em torno do método rendeu dois livros assinados por Sutherland.

    Livros de Jeff Sutherland

    Software in 30 days

    • 2012, sem tradução para o português

    Livro em coautoria com Ken Schwaber. A obra resume o método Scrum aplicado no desenvolvimento de softwares, propondo mudar o modelo cascata de criação, mais tradicional.

    Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo

    A partir de cases, o livro apresenta o método Scrum e os resultados que ele pode trazer. O livro foi escrito em parceria entre Jeff Sutherland e JJ Sutherland, também professor convidado da Pós PUCPR Digital.

    A Scrum book: the spirit of the game

    O método é organizado a partir de 94 padrões, que podem ser utilizados tanto por quem está aprendendo a usar o Scrum quanto gestores de TI mais experientes. Livro indicado para desenvolvedores de software.

    A principal lição de Jeff Sutherland: o método Scrum

    “Scrum is an Agile method designed to add energy, focus, clarity, and transparency to project planning and implementation. While some say Scrum is not a silver bullet, it can be a heat-seeking missile to outmoded business practices.”

    “O Scrum é uma Metodologia Ágil projetada para adicionar energia, foco, clareza e transparência ao planejamento e implementação de projetos. Enquanto alguns dizem que o Scrum não é uma bala de prata, ele pode se tornar um míssil guiado por calor diante das práticas comerciais ultrapassadas.” – tradução nossa.

    Ao lado de Ken Schwaber, Jeff Sutherland apresentou o Scrum para a comunidade de desenvolvedores em 1995, na conferência OOPSLA (Object-Oriented Programming, Systems, Languages & Applications, em inglês), organizada pela Association for Computing Machinery (ACM).  

    Os dois se inspiraram nos princípios do desenvolvimento ágil de softwares e criaram um framework que auxilia pessoas, equipes e organizações a gerar valor por meio de soluções adaptativas para problemas complexos.  

    A princípio, o Scrum foi pensado para ser aplicado na área de tecnologia; hoje, no entanto, diferentes setores se beneficiam da metodologia, como o mercado financeiro, a saúde, a educação e as telecomunicações;  

    Inspirado no Lean Thinking , o Scrum propõe uma abordagem iterativa e incremental que otimiza a previsibilidade e o controle de riscos.

    Os 3 pilares do Scrum

    O Scrum tem como base 3 pilares empíricos:

    1. Transparência: os processos e atividades devem ser visíveis para todos os envolvidos;
    2. Inspeção: o andamento das atividades e os resultados devem ser inspecionados com frequência para detectar potenciais problemas;
    3. Adaptação: as etapas ou materiais que estão sendo produzidos devem ser ajustados, caso um processo se desvie dos limites aceitáveis.

    Os valores do Scrum

    Para que a aplicação do Scrum seja bem-sucedida, as pessoas envolvidas devem seguir os seguintes valores:

    • Comprometimento
    • Foco
    • Abertura para novas ideias
    • Respeito
    • Coragem

    Estes valores ajudam a equipe a saber como agir ao longo do processo. Todas as decisões e etapas devem reiterar esses valores, que dão mais força aos pilares Scrum.

    Como funciona o Scrum

    O Guia do Scrum elaborado por Jeff Sutherland e Ken Schwaber foi pensado para orientar como as pessoas devem se relacionar e interagir. Os autores indicam que o framework pode ser combinado a outros processos, técnicas e métodos – como o Scrumban, que une ferramentas do Scrum com as do Kanban.

    Para colocar o método em prática, primeiro é necessário selecionar as pessoas que vão participar do projeto. Quem deseja ir além e se aprofundar no método deve buscar um curso de gestão de projetos.

    A equipe Scrum

    Uma equipe Scrum é composta, geralmente, por 10 pessoas. Não existe uma hierarquia nem divisão em times menores. Todos devem ter as habilidades necessárias para criar valor ao produto e devem trabalhar em um objetivo de cada vez.

    A equipe deve ser dividida em 3 cargos:

    Scrum Master

    É responsável por ensinar a teoria e a prática do Scrum para toda a equipe. Em geral, um Scrum Master deve realizar estas atividades:

    • Ajudar os membros da equipe a desenvolver a autogestão;
    • Ajudar a equipe a criar melhores de alto valor;
    • Solucionar todo impedimento que atrapalhe o andamento do trabalho;
    • Garantir a execução dos eventos Scrum de acordo com o cronograma, de forma produtiva.

    Tratando especificamente do Product Owner, o Scrum master deve ajudá-lo a:

    • Encontrar técnicas para definir o objetivo do produto e para gerir o backlog de produto;
    • Orientar a equipe a criar itens do backlog de produto que sejam concisos e claros;
    • Estabelecer o planejamento empírico do produto em um ambiente complexo;
    • Pedir a colaboração dos stakeholders quando necessário.

    Product Owner

    É responsável por maximizar o valor do produto que será criado pela equipe Scrum, além de fazer a gestão do backlog de produto.

    Lembrando que, quando falamos em “produto”, estamos falando de um serviço, um objeto material ou algo mais abstrato.

    Não existe uma única forma correta de desempenhar esse papel, mas o Product Owner deve realizar essas atividades:

    • Desenvolver e comunicar o objetivo do produto;
    • Criar e comunicar os itens do backlog de produto;
    • Organizar os itens do backlog de produto;
    • Garantir que o backlog de produto é transparente, visível e fácil de entender.

    Desenvolvedores

    São os responsáveis por criar os incrementos a cada sprint. As habilidades necessárias para desempenhar este papel são múltiplas, e variam de acordo com o trabalho que precisa ser realizado.

    Os Desenvolvedores devem fazer:

    • A criação do plano da sprint, o backlog;
    • A adesão à definição de “feito” (DoD) da equipe Scrum;
    • A adaptação diária do plano para alcançar o objetivo da sprint;
    • O apoio a cada um dos profissionais envolvidos no processo.

    Os eventos Scrum

    Falamos bastante nas sprints até agora, né?

    Elas são o que Jeff Sutherland chama de “o coração” do Scrum, por serem o momento em que as ideias da equipe são convertidas em valor.

    A Sprint é um conjunto de eventos, que têm como objetivo inspecionar e adaptar os artefatos Scrum, além de dar mais transparência ao processo.

    As principais características da Sprint no Scrum são:

    • Não são feitas mudanças que possam comprometer o alcance da meta da sprint;
    • Foco na qualidade;
    • Ajustes no backlog de produto quando necessários;
    • Possibilidade de renegociar e esclarecer o escopo do projeto com o Product Owner, quando necessário.

    Geralmente, a Sprint tem duração de um mês e engloba os seguintes eventos:

    • Planejamento
    • Daily Scrum
    • Sprint Review
    • Retrospectiva da Sprint

    Uma nova Sprint só começa quando a anterior é concluída. Cada uma delas deve ser considerada como um projeto de curta duração.

    Caso o objetivo da Sprint se torne obsoleto, ela pode ser cancelada. Apenas o Product Owner tem o poder de fazer isso.

    Planejamento da Sprint

    Para fazer o planejamento da Sprint, deve-se responder a 3 perguntas:

    1. Por que esta Sprint é importante?
    2. O que pode ser feito durante esta Sprint?
    3. Como o trabalho será feito?

    O plano deve ser feito de forma colaborativa entre todos os membros da equipe Scrum. É neste momento que o Product Owner apresenta para o time os itens do backlog de produto e como eles ajudam a alcançar o objetivo do produto.

    Em conjunto, a equipe Scrum define o objetivo da Sprint antes de realizar as reuniões diárias.

    Daily Scrum

    São reuniões diárias, com duração de 15 minutos, que servem para:

    • Melhorar a comunicação;
    • Identificar impedimentos;
    • Facilitar decisões que pedem mais agilidade;
    • Eliminar a necessidade de mais reuniões.

    Sprint Review

    O objetivo é analisar os resultados da Sprint e definir futuras adaptações. Todos os membros da equipe Scrum apresentam o que fizeram para stakeholders chave, e o progresso para alcançar o objetivo do produto é discutido.

    Geralmente, uma Sprint Review tem uma duração máxima de 4 horas, para dar oportunidade a todos os participantes darem suas ideias.

    Retrospectiva da Sprint

    O último evento Scrum tem o objetivo de planejar formas de aumentar a qualidade e a efetividade das próximas sprints. São avaliados os resultados, estratégias, interações e ferramentas, para ver o que pode ser aproveitado no próximo evento ou o que pode ser descartado.

    Uma retrospectiva da Sprint tem uma duração máxima de 3 horas.

    Os artefatos Scrum

    Chegou a hora de falarmos sobre os artefatos Scrum, que mencionamos tantas vezes aqui. Eles representam o trabalho ou o valor empregado no projeto.

    Os artefatos Scrum são:

    1. Backlog de produto: lista do que precisa ser melhorado em um produto. Ele deve conter os itens necessários para se alcançar o objetivo do produto.
    2. Backlog da Sprint: é comporta pelo “porquê” (objetivo da Sprint), “o quê” (itens do backlog de produto selecionados para a Sprint) e “como” (plano de ação para entregar os incrementos).
    3. Incrementos: é um passo concreto para se atingir o objetivo do produto. Os incrementos de uma sprint devem ser coerentes entre si.

    Outros termos que precisam ser definidos para entender melhor como funcionam os artefatos Scrum são:

    • Objetivo do produto: breve descrição do estado futuro do produto que a equipe Scrum deve alcançar;
    • Objetivo da Sprint: o que se espera atingir ao final de uma Sprint;
    • Definição de “feito” (DoD): descrição formal do estado do incremento quando ele alcança a medida de qualidade necessária para o produto. No momento em que um item do backlog de produto é ligado a uma DoD, temos um incremento.

    Aprenda ainda mais com Jeff Sutherland

    O que você achou do resumo do Scrum até aqui?

    Você pode aprender ainda mais sobre esta e outras metodologias ágeis com Jeff Sutherland nos cursos Gestão de Projetos, Jornada do Cliente e Metodologias Ágeis e Governança de TI, Segurança Digital e Gestão de Dados da Pós PUCPR Digital.

    Além de Sutherland, você vai ter aulas com:

    Por okleina

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