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Carreira

Cientista de dados: o que faz, quanto ganha e qual a formação

Por Olívia Baldissera   | 

Se você atua na área de tecnologia, já deve ter ouvido a clássica frase “os dados são o novo petróleo”, proferida pela primeira vez pelo cientista de dados londrino Clive Humby.

Ela descreve perfeitamente o mundo contemporâneo, em que o grande voluma de informações gerado todos os dias se tornaram matéria-prima para o crescimento de negócios dos mais diferentes segmentos.

Para você ter uma ideia, só em 2018, foram gerados 33 zetabytes de novos dados no mundo – cada zetabyte equivale a 1 trilhão de gigabytes. Consegue imaginar o quanto desta informação foi analisada e aproveitada pelas empresas? Apenas 13%.

A quantidade só tende a aumentar. Estima-se que, até 2023, mais de 103 ZB de novos dados sejam criados, segundo o relatório “Using Data Intelligently: Unification and Pipelining Patterns in the Digital Economy”, da IDC Infobrief.

Esta é a realidade da Era do Big Data, que, ao mesmo tempo que possibilita descobertas incríveis, desafia empresas de diferentes portes a depurar um grande volume de informações para saber quais são relevantes para o futuro do negócio.

Tamanho desafio fez com que o cientista de dados deixasse de ser uma carreira do futuro para se tornar uma profissão do presente.

Segundo levantamento da Robert Half, o cientista de dados é um dos profissionais mais requisitados de 2021, ao lado do especialista em cybersecurity e o analista de infraestrutura sênior. Os setores que têm uma alta demanda pelo profissional de tecnologia são o mercado financeiro, varejo, telecomunicações, educação e infraestrutura.

Depois de ler todos estes números, ficou interessado em se especializar na área para atuar como cientista de dados? A seguir, você descobrirá mais detalhes sobre o mercado.

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O que faz um cientista de dados

O cientista de dados lida com o big data no dia a dia, ao coletar, gerenciar e modelar um grande volume de dados não-estruturados. Estes nada mais são do que informações que não estão organizadas de uma forma predefinida.

O profissional tem um papel essencial na inteligência do negócio, pois é ele que faz com que os dados conversem entre si e ganhem valor agregado. O cientista de dados é responsável pela tradução das informações em relatórios que auxiliam gestores na tomada de decisões.

Para trabalhar com o big data, o profissional de tecnologia precisa desenvolver habilidades específicas. O cientista de dados DJ Patil listou dez habilidades necessárias para quem deseja atuar na área em artigo publicado na Harvard Business Review:

  • Conhecimento em linguagens de programação de análise de dados (R, Python e SQL)
  • Comunicação
  • Visualização de Dados
  • Data Mining
  • Estatística
  • Infraestrutura de Big Data (Hadoop, MapReduce e Spark)
  • Machine Learning
  • Engenharia de Software
  • Álgebra Linear
  • Foco em solução de problemas

Na lista estão presentes habilidades paralelas à análise de dados, como a engenharia de software. Este campo envolve a realização, desenvolvimento e implementação de soluções de programas, aplicativos e plataformas. Descubra a diferença entre engenharia e arquitetura de software.

E você reparou que DJ Patil aborda tanto soft skills quanto hard skills? Quem deseja trabalhar como cientista de dados precisa ficar atento as habilidades comportamentais também, que já se tornaram um fator decisivo de contratação em recrutamentos.

Quanto ganha um cientista de dados

De acordo com o levantamento da Robert Half que mencionamos no início, o salário de um cientista de dados sênior pode chegar a R$ 26,7 mil.

Quem está no início da carreira também tem uma boa remuneração. O salário de um cientista de dados júnior é de R$ 13,1 mil, em média, dependendo do tamanho da organização.

O crescimento salarial acompanha o desenvolvimento da carreira. Se o cientista de dados ocupa um cargo de gestão, terá uma remuneração maior. Por isso o profissional de tecnologia precisa ficar atento ao negócio como um todo, e não apenas aos dados.

Qual a formação de um cientista de dados

Apesar da demanda de mercado, o primeiro bacharelado em Ciências de Dados do Brasil só foi criado em 2019, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), que fica em São Carlos.

Quem atua hoje no mercado como cientista de dados, geralmente, tem formação em Engenharia, Ciências da Computação, Administração, Estatística, Economia e Física, só para citar alguns exemplos.

Por isso a pós-graduação é o caminho para quem deseja trabalhar na área. A especialização em ciência de dados ajuda a desenvolver as habilidades técnicas necessárias, além de promover o diálogo com profissionais referência no mercado de tecnologia da informação.

É o caso do curso Arquitetura de Software, Ciência de Dados e Cybersecurity da Pós PUCPR Digital. Os estudantes têm a oportunidade de aprender com professores referência como:

  • Marcelo Leite, especialista de dados e Inteligência Artificial da Microsoft;
  • Renato Barbosa, head de AI/ML Business na Amazon Web Services para América Latina;
  • Roberto Prado, VP de Engenharia de Soluções na Salesforce LATAM.

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Sobre o autor

Olívia Baldissera

Olívia Baldissera

Jornalista e historiadora. É analista de conteúdo da Pós PUCPR Digital.

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