Antecipe tendências de IA na saúde com a Pós PUCPR Digital

O profissional da saúde não será substituído por um robô, mas deve saber aproveitar o potencial da Inteligência Artificial (IA) para oferecer um acompanhamento mais eficaz para a população, de um ponto de vista coletivo e individual. 

Você sente-se capaz de usar essa e outras tecnologias emergentes na sua prática clínica? 

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1. Colaboração humano-máquina na saúde 

Até 2030, o setor de saúde será um dos que mais adotarão colaboração entre humanos e máquinas, ao invés de uma automação total. 

Enquanto setores como telecomunicações e seguros estão automatizando até 95% das tarefas humanas, quase metade das atividades no setor de saúde será transformada por aumento da colaboração entre humanos e tecnologia. 

Isso significa que máquinas e algoritmos atuarão como assistentes médicos, otimizando processos, mas sem substituir totalmente os profissionais da saúde. 

2. Maior dependência de Big Data 

Com a digitalização do setor, hospitais e empresas de saúde dependem cada vez mais de Big Data para prever surtos de doenças, personalizar tratamentos e melhorar a eficiência operacional. 

A demanda por cientistas e analistas de dados e crescerá 41% até 2030, tornando essa uma das carreiras mais promissoras na área. 

3. Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR) no trabalho médico 

O uso de VR e AR na educação médica permite treinamentos imersivos para estudantes e profissionais da saúde. 

A tecnologia tem sido utilizada para criar simulações realistas de procedimentos médicos, melhorando a capacitação de estudantes e profissionais da saúde. 

Além da formação, outros usos de VR e AR na saúde são: 

• Aprimoramento de cirurgias: a AR está sendo usada para projetar imagens detalhadas de órgãos e tecidos sobre o corpo do paciente, permitindo que cirurgiões visualizem estruturas internas sem a necessidade de incisões invasivas. Essa tecnologia melhora a precisão dos procedimentos e reduz os riscos operatórios. 
• Aprendizado de anatomia: modelos tridimensionais permitem que alunos explorem o corpo humano com mais detalhes do que nos métodos tradicionais. 
• Tratamento de transtornos mentais: a VR já é utilizada para terapias imersivas no tratamento de ansiedade, estresse pós-traumático e fobias. 
• Reabilitação física: pacientes que sofreram AVC ou lesões podem utilizar ambientes virtuais interativos para recuperar movimentos e habilidades motoras. 
• Treinamento para emergências: simulações de emergências médicas ajudam profissionais a se preparar para situações de alto risco, como paradas cardíacas ou traumas graves. 

Com o crescimento da digitalização e automação na área da saúde, o relatório prevê que a demanda por profissionais capacitados em tecnologias imersivas aumentará 86% até 2030, em nível global. 

4. Necessidade de inovação devido ao envelhecimento populacional

Com 59% das empresas do setor médico e de saúde apontando o envelhecimento populacional como o principal fator de transformação, a necessidade por enfermeiros, cuidadores de idosos e médicos especialistas em geriatria crescerá significativamente. 

As tecnologias emergentes são essenciais para garantir tratamentos mais eficazes e acessíveis nesse contexto. 

5. Maior preocupação com o uso ético da IA na saúde

Com a disseminação de modelos de IA, há uma preocupação crescente sobre o uso ético da tecnologia na saúde. 

Já foram dados os primeiros passos para lidar com essa tendência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 2021 o “Guia para Modelos Multimodais de Inteligência Artificial para a Saúde”. 

O documento reúne mais de 40 recomendações para governos, empresas de tecnologia e prestadores de serviços de saúde garantirem o uso adequado da IA para promover e proteger a saúde das populações. 

Dentre as orientações, as principais são: 

1. Proteger a autonomia: garantir que humanos mantenham controle sobre decisões de saúde, com informações seguras e válidas, respeitando a privacidade e consentimento no uso de IA. 
2. Promover o bem-estar e segurança: assegurar que a IA atenda aos requisitos de segurança, precisão e eficácia, e que não cause danos evitáveis, priorizando práticas tradicionais quando necessário. 
3. Garantir transparência e explicabilidade: a IA deve ser compreensível para todos os envolvidos, com informações claras e acessíveis para permitir debates públicos sobre seu uso. 
4. Promover responsabilidade e prestação de contas: a IA deve ser utilizada por profissionais treinados, com supervisão humana e mecanismos de reparação para danos causados por decisões automatizadas. 
5. Garantir inclusão e equidade: assegurar que a IA seja acessível e não reforce preconceitos, promovendo o uso equitativo, sem discriminação de qualquer grupo. 
6. Promover IA sustentável e responsiva: as tecnologias de IA devem ser sustentáveis, alinhadas com os sistemas de saúde e ambientes de trabalho. 

Esperamos que essa lista de tendências sirva de reflexão sobre como fazer um bom uso da IA no seu dia a dia. 

Também esperamos ver você por aqui, como estudante da Pós PUCPR Digital. Até breve!