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Tecnologia

Vantagens e desvantagens da inteligência artificial – Parte 1

Por Olívia Baldissera   | 

Desde o lançamento do ChatGPT, a inteligência artificial (IA) saiu da bolha da tecnologia e entrou no debate público. As vantagens e desvantagens do seu uso são o principal tema da discussão. 

Para você entender alguns dos tópicos do debate, separamos 6 vantagens e 6 desvantagens da inteligência artificial. 

Continue a leitura para conhecer as vantagens. Para conhecer as desvantagens, leia a parte 2

💬 Lembramos que esse material é um recorte. Se você lembrar de mais um exemplo, vantagem ou desvantagem, escreva-o nos comentários.

Acompanhe:

  1. Automatização de tarefas 
  2. Assistente em tarefas criativas 
  3. Monitoramento de sinais fisiológicos e análise de exames de imagem 
  4. Identificação de fraudes bancárias 
  5. Personalização de experiências  
  6. Tecnologias assistivas mais eficientes

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1. Automatização de tarefas

A IA pode realizar tarefas que são difíceis, perigosas ou tediosas para os seres humanos. 

Os chatbots e assistentes virtuais, por exemplo, otimizam o atendimento de um call center, ao obter informações prévias do usuário antes de direcioná-lo ao atendimento humano. Eles auxiliam a confirmar consultas médicas, responder dúvidas frequentes de clientes e agendar compromissos. 

Quando falamos em tarefas perigosas, temos dois exemplos na indústria brasileira. 

A primeira é a mineradora Vale, que investiu R$ 2,5 milhões no desenvolvimento de robôs, que assumem o risco de se expor a altas temperaturas, grandes alturas e produtos tóxicos. É o caso do EspeleoRobô, que mapeia cavernas próximas às minas.

A segunda é a Petrobras, que investiu R$ 100 milhões no desenvolvimento de três tipos de robô: um para pintar o casco de plataformas a 30 metros de altura em alto mar, outro para desobstruir dutos de petróleo e o terceiro para escalar superfícies quentes.

2. Assistente em tarefas criativas

A IA também pode auxiliar os humanos em atividades criativas, como compor músicas, escrever textos e desenhar. 

O texto que você está lendo agora, por exemplo, foi elaborado com a ajuda do ChatGPT e do Bing. Eles apresentaram uma sugestão de estrutura, enquanto a redação humana adicionou exemplos e editou parágrafos que soaram confusos ou genéricos demais. 

Outro exemplo bastante comum são as correções automáticas em fotos tiradas pela câmera do seu smartphone. Além do Instagram e do TikTok, outros aplicativos usam a IA para fazer ajustes de cor e iluminação nas imagens. Um dos mais conhecidos é o PicWish

>>> Leia também: Tipos de Inteligência Artificial que fazem (e que não fazem) parte do nosso dia a dia

3. Monitoramento de sinais fisiológicos e análise de exames de imagem 

A IA também pode contribuir para a saúde e o bem-estar das pessoas, por meio de aplicativos de monitoramento de sinais fisiológicos, como temperatura corporal, ritmo cardíaco, níveis de oxigênio no sangue e atividade física.

É possível acompanhar esses sinais com aplicativos nos smartphones dos pacientes. Todos esses dados ajudam a prevenir doenças, acompanhar a adesão ao tratamento e a manter um estilo de vida mais saudável.  

A capacidade da IA de identificar padrões também é uma grande aliada na avaliação de exames de imagem. Um exemplo foi a aplicação da inteligência artificial na análise de tomografias computadorizadas de pulmão no começo da pandemia de covid-19, usada para indicar alterações no órgão. Esse processo foi fundamental no diagnóstico da doença em 2020, quando pouco se sabia da doença e ainda não havia vacinas.

Outro exemplo de uso de IA na saúde é a robô Laura, criada para alertar riscos de infecções generalizadas em pacientes de hospitais. Em 2022 ela passou a ser chamada de Munai e integrou outros serviços, como prontuários eletrônicos, teleconsultas e monitoramento remoto de pacientes.


4. Identificação de fraudes bancárias

A inteligência artificial é aplicada no sistema bancário brasileiro desde 2010, mas com os avanços da tecnologia novas camadas de proteção foram adicionadas para evitar fraudes.

Hoje, os sistemas são capazes de entender os padrões de gastos dos clientes. Se o valor está acima do que o usuário normalmente gasta ou um Pix não é feito pelo titular da conta, o banco é acionado. 

Outros recursos são a biometria de voz da Minds Digital e o reconhecimento facial da idwall. Essas tecnologias evitam que alguém que tenta se passar pelo cliente do banco consiga fazer movimentações na conta, já que exigem uma autenticação de voz ou de rosto para transferir valores.

5. Personalização de experiências

O anúncio que aparece no seu feed do Instagram chegou até você graças à IA, que direcionou o conteúdo publicitário de acordo com o seu histórico de uso da rede social.  

Essa é uma das vantagens da inteligência artificial no marketing: uma segmentação mais precisa de usuários a partir de coleta e análise de dados. A tecnologia ainda permite realizar testes A/B, determinando automaticamente qual anúncio performou melhor. 

A educação é outro setor privilegiado pela IA. Ela permite criar trilhas de aprendizagem personalizadas para cada estudante, identificar com mais agilidade as dificuldades da turma e montar avaliações. Também fornece estatísticas sobre a situação acadêmica de cada aluno. 

A tecnologia, inclusive, é considerada uma grande aliada para alcançar o ODS 4 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata sobre a educação de qualidade. 

Publicado em 2019, o Consenso de Pequim reúne orientações de como os governos podem usar a IA para lidar com os desafios atuais de aprendizagem. Dentre os pontos principais, está o apoio ao desenvolvimento de novos modelos que possibilitem um ensino personalizado para todos, em qualquer fase da vida. 

>>> Leia também: É possível chegarmos à singularidade com a inteligência artificial?

6. Tecnologias assistivas mais eficientes

Os avanços na IA permitiram o desenvolvimento de aplicativos que facilitam o dia a dia de pessoas com deficiência. 

Existem dispositivos e aplicativos que convertem textos em som. Um exemplo usado na educação aqui no Brasil é o Orcam MyEye, dispositivo que transforma textos impressos em qualquer superfície em áudio, sem a necessidade de conexão com a internet. Ele pode ser instalado em qualquer tipo de armação de óculos e é super leve, com apenas 22 gramas.

A tecnologia foi criada em Israel em 2015 e chegou ao Brasil em 2018 para ser usado por estudantes cegos ou com baixa visão. Ela está presente na rede pública e privada de ensino.

 

A Microsoft também desenvolveu um aplicativo com múltiplas funcionalidades para pessoas cegas ou com baixa visão, o Seeing AI. Por meio da câmera do celular, ele converte textos curtos em som, dá orientações em áudio sobre documentos, ajuda a localizar códigos de barra de produtos, identifica notas e descreve cores percebidas. O app é gratuito, mas está disponível apenas para iOS.

Uma opção de aplicativo para quem usa Android é o Be My Eyes, com uma proposta diferente. O sistema conecta pessoas cegas ou com baixa visão à voluntários sem deficiência, que dão auxílio visual por meio de videochamadas. Essa ajuda pode ser combinação de cores de uma roupa ou checar se as luzes da casa estão apagadas.

Há sistemas que traduzem as línguas escritas de sites para Libras, a Língua Brasileira de Sinais, expressadas por meio de avatares de assistentes virtuais. É o caso da startup alagoana Hand Talk, que hoje é considerada a maior plataforma de tradução automática para línguas de sinais do mundo.

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Sobre o autor

Olívia Baldissera

Olívia Baldissera

Jornalista e historiadora. É analista de conteúdo da Pós PUCPR Digital.

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