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O Chief Information Officer (CIO) é responsável pela gestão, implementação e usabilidade das tecnologias de informação de uma organização. Ele trabalha lado a lado com outros executivos para garantir que as tecnologias adotadas pela empresa a ajudem a alcançar os objetivos de negócio.
Quem ocupa esse cargo C-Level terá de lidar com novos desafios nos próximos anos, como a implementação de ferramentas de IA, a garantia de conectividade e a promoção da sustentabilidade.
O Chief Information Officer (CIO) é a executiva ou executivo responsável pela gestão, implementação e usabilidade das tecnologias de informação de uma organização. Quem ocupa o posto C-Level avalia como essas tecnologias vão beneficiar a empresa ou aprimorar processos internos, integrando-as aos sistemas já existentes.
As principais atribuições de um Chief Information Officer são:
Quando o cargo surgiu, na década de 1960, nos EUA, tinha uma função mais técnica. O profissional deveria garantir o bom funcionamento dos computadores, dos servidores que armazenavam os dados e das redes de comunicação.
O papel se tornou mais estratégico na década de 2010, com os avanços da computação em nuvem , da internet wi-fi, do Big Data e da massificação dos dispositivos móveis. Os CIOs não só passaram a se preocupar com os hardwares e softwares usados pela companhia, mas a antecipar as tecnologias que tornariam o negócio mais competitivo em relação à concorrência.
Com essa mudança, o dia a dia das operações de manutenção dos sistemas passou para outro cargo de liderança, voltado à gestão de TI. Geralmente, esse cargo tem o título de Chief Operating Officer de TI.
Na maioria das organizações, o CIO responde ao Chief Executive Officer (CEO). Ele trabalha lado a lado de outros executivos no desenvolvimento de uma visão estratégica para o negócio, pensando em como a tecnologia pode ajudar nas operações da empresa para que ela alcance seus objetivos.
Um bom Chief Information Officer deve combinar competências técnicas, comportamentais e contextuais.
As competências técnicas estão relacionadas à capacidade de usar métodos, processos e técnicas; as comportamentais se referem a atitudes e comportamentos; e as contextuais, por fim, compreendem a capacidade de se adequar ao contexto da organização ou do projeto.
Lembrando que, para a OCDE, uma competência é um conjunto de habilidades e conhecimentos que permitem que uma pessoa aja efetivamente em uma determinada situação.
Para um CIO exercer bem a sua função, ele precisa demonstrar:
As listas acima fazem parte de um framework proposto em um estudo preliminar sobre as competências necessárias para atuar como CIO. O texto foi publicado em 2019 no periódico Procedia Computer Science, publicado na plataforma ScienceDirect da Elsevier.
Por envolverem a gestão da tecnologia em uma organização, é comum haver uma certa confusão entre os papéis do Chief Information Officer, do Chief Technology Officer (CTO) e do Chief Digital Officer (CDO).
Na década de 1990, quando o número de startups ligadas à tecnologia e à internet cresceu vertiginosamente nos Estados Unidos, o Chief Information Officer (CIO) também exercia as funções de CTO. Os avanços tecnológicos e a complexificação da estrutura das empresas levaram à divisão dos cargos.
Hoje, o CIO tem um papel mais operacional e focado no uso da tecnologia em si, enquanto o CTO se concentra no planejamento estratégico, com um olhar mais holístico para a organização.
Geralmente, o CIO é responsável pelas ferramentas tecnológicas usadas nos processos internos. Já o CTO é responsável pela tecnologia que leva ao crescimento do negócio, implementando serviços e produtos que atendam as necessidades de clientes.
Já o CDO é um cargo mais recente, criado para liderar a transformação digital em negócios tradicionais. Ele é responsável por traduzir os processos analógicos para uma versão digital – por exemplo, substituindo as assinaturas em papel por serviços de assinatura digital.
Ele também planeja e lidera uma grande mudança na cultura organizacional dessas empresas, ao promover a agilidade e a comunicação entre diferentes setores. Por isso o CDO pode encontrar desafios nessa missão, ao lidar com outras lideranças resistentes a mudanças.
O salário varia de acordo com o nível de experiência do profissional e o porte da empresa em que atua.
Em empresas de pequeno e médio porte, um CIO pode ganhar de R$ 35.000,00 a R$ 50.000,00. Já em empresas de grande porte a remuneração varia entre R$ 45.000,00 a R$ 65.000,00.
Os valores são do Estudo de Remuneração 2024 da consultoria Michael Page, que reuniu o valor médio praticado em várias indústrias do mercado brasileiro.
Os CIOs sempre lidaram com mudanças tecnológicas, que estão cada vez mais aceleradas. Para os próximos anos, o desafio será a implementação e o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) pelas organizações.
O Logicalis Global CIO Report 2024 concluiu que a IA está no centro das atenções desses executivos neste ano, a partir de entrevistas com CIOs de diferentes países do mundo – incluindo o Brasil.
89% dos participantes buscam ativamente oportunidades de incorporar ferramentas de IA nas empresas em que atuam, o que inclui as seguintes ações:
Outra prioridade dos CIOs para os próximos anos é investir em redes 5G privadas, algo que está nos planos de 93% dos participantes. Para eles, essa medida ajudaria a lidar com problemas de conectividade e a melhorar a experiência dos consumidores.
Por fim, a sustentabilidade também está entre os desafios de um Chief Information Officer. 89% dos CIOs entrevistados para o relatório da Logicalis têm metas de redução de emissão de gases do efeito estufa.
Para ocupar uma posição de Chief Information Officer, espera-se que a candidata ou candidato tenha um diploma de graduação em áreas da tecnologia, como Ciências da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão de TI ou Engenharia de Software.
Outro aspecto avaliado no currículo é a experiência profissional. Geralmente, um CIO atuou como analista de sistema, administrador de redes, gestor de projetos ou consultor de TI no início da carreira, assumindo papéis de liderança em tecnologia antes de assumir o cargo.
É importante também ter pelo menos uma pós-graduação na área de negócios, pois o certificado indica que o profissional tem o conhecimento necessário para lidar com atividades relacionadas à estratégia, desenvolvimento, contratação e orçamento.
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Por Olivia Kleina
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