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A neurociência das emoções revela que cada pensamento, sensação ou gesto de gratidão não é apenas simbólico, mas físico: ativa circuitos cerebrais, influencia hormônios e muda nossa forma de viver.
Esse foi o fio condutor do workshop Neurociência, emoções e gratidão, ministrado por Gustavo Arns durante a Semana da Neurociência 2025, evento online realizado pela Pós PUCPR Digital e pela Artmed entre os dias 22 e 26 de setembro.
Arns é idealizador do Congresso Internacional da Felicidade, mestre em Happiness Studies, autor do livro Ser feliz, é possível? (em coautoria com Monja Coen) e professor do curso Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness da Pós PUCPR Digital.
Durante o evento, Gustavo Arns defendeu que que compreender as emoções é o primeiro passo para transformá-las: “A neurociência é uma via científica de autoconhecimento, porque a forma como o nosso cérebro funciona é a forma como enxergamos a realidade.”.
Confira a seguir os destaques do workshop.
Segundo Arns, as emoções não são abstratas: elas são mediadas por substâncias químicas como dopamina, serotonina, noradrenalina e endorfina. Cada emoção gera um efeito fisiológico mensurável.
Quando sentimos medo, raiva ou tristeza, neurotransmissores entram na corrente sanguínea e afetam todas as células do corpo, do cérebro ao sistema imunológico.
“Quando você sente medo, todas as suas células sentem medo. Isso diminui a imunidade, aumenta a vulnerabilidade a doenças e mostra que saúde mental e física estão interligadas”, explicou.
Emoções não processadas não apenas afetam o humor, mas podem desencadear adoecimentos físicos, como gastrite nervosa, fadiga crônica e até quadros autoimunes.
Um ponto-chave do workshop foi o alerta contra a ideia de emoções “boas” ou “ruins”. Para a neurociência das emoções, todas são neutras.
A tristeza, por exemplo, permite reflexões profundas e pode impulsionar mudanças importantes. O medo ajuda a impor limites e proteger a integridade. Já a inveja, frequentemente julgada, pode indicar que estamos fora de sintonia com nossos desejos e valores.
“As emoções são nossas professoras. Elas não são feias nem bonitas. Elas simplesmente fluem, servindo a um propósito”, afirmou o professor da Pós PUCPR Digital.
Arns propôs um método em três passos para lidar com emoções desafiadoras:
O palestrante lembrou a famosa frase de Freud: “Emoções reprimidas nunca morrem, são enterradas vivas e voltam de formas piores.”.
Um dos momentos mais impactantes do workshop foi a explicação sobre o papel da gratidão. Estudos mostram que a região cerebral ativada pela gratidão não se ativa simultaneamente com a área da ansiedade e da angústia.
“Quanto mais tempo você se sente grato, mais distante fica da ansiedade”, reiterou Arns.
Exercícios simples, como listar três coisas para agradecer antes de dormir, aumentam a produção de melatonina e melhoram a qualidade do sono. Arns destacou ainda que a gratidão não precisa estar ligada a grandes eventos, mas ao cotidiano: um gesto de carinho, um prato preparado em família, o florescer de uma árvore na rua.
Com o tempo, o cérebro aprende a registrar mais momentos positivos, fortalecendo otimismo e resiliência.
Inspirado em estudos de Richard Davidson e Matthieu Ricard, o professor da Pós PUCPR Digital lembrou que a felicidade não é ausência de tristeza ou medo, mas um estado mental treinável.
“A ciência adora a palavra construção, porque ao falar em construir assumimos a nossa autorresponsabilidade. Felicidade é um estado da mente, e a neurociência mostra que ela pode ser cultivada”, defendeu Arns.
Essa perspectiva desloca a felicidade da esfera da busca (que sugere algo externo) para a prática consciente de escolhas, percepções e hábitos emocionais.
O workshop também destacou a importância de observar como pequenas mudanças de percepção alteram nossa resposta biológica.
Arns usou o exemplo de uma abelha: para alguns, ela gera medo; para outros, lembra o valor da polinização e do mel. O fato é o mesmo, mas a leitura muda a química cerebral.
“Mais importante que os fatos em si é a leitura que você faz deles. No momento em que você muda a percepção, você reescreve a química do corpo”, afirmou.
Essa é a essência prática da neurociência das emoções: entender que escolhas cognitivas influenciam diretamente bem-estar, saúde e relações.
Reconhecer e expressar sentimentos, cultivar gratidão e adotar uma postura construtiva diante dos fatos transformam a maneira como vivemos.
Ao final, Gustavo Arns deixou uma mensagem inspiradora para os participantes da Semana da Neurociência 2025 : “Felicidade exige valentia. É mais fácil reclamar, desistir. Mas precisamos ser corajosos para enxergar motivos para agradecer e assumir a responsabilidade pela vida que merecemos.”.
A neurociência das emoções é o campo que investiga como o cérebro processa emoções, analisando neurotransmissores, hormônios e redes neurais que influenciam saúde, comportamento e bem-estar.
A neurociência mostra que emoções não são boas nem ruins, mas respostas adaptativas do cérebro. Elas influenciam decisões, relacionamentos e até o sistema imunológico.
As emoções são reguladas principalmente pelo sistema límbico, que inclui estruturas como a amígdala, o hipocampo e o córtex pré-frontal, responsáveis por respostas emocionais e tomada de decisão.
Quando sentimos algo, neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina são liberados, ativando diferentes áreas cerebrais e desencadeando respostas fisiológicas em todo o corpo.
As bases incluem o córtex pré-frontal (regulação), a amígdala (medo e alerta), o hipocampo (memória emocional) e o núcleo accumbens (recompensa e prazer).
As emoções são reações automáticas e fisiológicas do corpo. Já os sentimentos são interpretações conscientes dessas emoções, influenciadas por memória, cultura e linguagem.
A prática da gratidão ativa áreas cerebrais que reduzem ansiedade e angústia. Pesquisas mostram que exercícios de gratidão melhoram sono, disposição e resiliência.
O caminho envolve três etapas: reconhecer a emoção, aceitar sem julgamento e expressar de forma equilibrada. Reprimir emoções pode gerar adoecimento físico e mental.
Sim. Estudos apontam que compreender e cultivar emoções de forma consciente aumenta resiliência, reduz ansiedade, fortalece vínculos sociais e o sistema imunológico.
*Conteúdo produzido com o apoio de IA.
Por Redação
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