O que o estresse pode causar à nossa saúde, segundo a neurociência

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Olivia Baldissera • 30 de setembro de 2025

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    “O estresse crônico prejudica não só o corpo, mas também a mente, afetando sono, memória, alimentação e até a forma como tomamos decisões.”.

    A frase da médica psiquiatra Alice Xavier, durante a Semana da Neurociência 2025, resume de maneira contundente a dimensão desse fenômeno que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. A Semana da Neurociência 2025 foi realizada pela Pós PUCPR Digital e pela Artmed, o maior ecossistema de educação em saúde do país, entre os dias 22 e 26 de setembro.

    Alice Xavier é professora do curso Neurociência e Comportamento Alimentar da Pós PUCPR Digital.

    Mas afinal, o que o estresse pode causar?

    A resposta, como mostrou a palestra Do cérebro ao corpo: como a neurociência explica o impacto do estresse na nossa saúde e o que podemos fazer a respeito, é ampla e envolve desde alterações químicas no cérebro até mudanças significativas nos nossos hábitos e relações sociais.

    A seguir, você vai entender os principais pontos abordados por Alice Xavier na palestra, conhecer os riscos associados ao estresse crônico e descobrir estratégias práticas para reduzir seus efeitos nocivos.

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    Diferença entre estresse agudo e crônico

    De acordo com Alice Xavier, é fundamental distinguir entre estresse agudo e crônico:

    • Estresse agudo: é a reação imediata a uma ameaça. Ativa o sistema de “luta ou fuga”, melhorando reflexos, foco e capacidade de decisão. Evolutivamente, foi essencial para nossa sobrevivência.
    • Estresse crônico: surge quando o organismo permanece em estado de alerta por longos períodos, geralmente acima de seis meses. É nesse ponto que aparecem os prejuízos à saúde.

    “O problema não é o estresse em si, mas quando ele se torna persistente e o corpo não consegue mais se recuperar”, destacou a professora da Pós PUCPR Digital.

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    O que o estresse pode causar no cérebro e no corpo

    Quando o estresse se torna crônico, há uma alteração no chamado eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que regula hormônios como o cortisol. Esse desbalanço gera um estado inflamatório persistente que compromete diversas funções do corpo e do cérebro.

    Entre as principais consequências estão:

    Alterações do sono

    Um dos primeiros sinais do estresse crônico é a insônia ou a sensação de sono não reparador. Sem descanso adequado, a memória e o humor ficam prejudicados.

    Alice Xavier faz uma analogia para explicar a importância do sono para nossa saúde: “O sono é o gari cerebral, responsável por limpar toxinas e fixar memórias”.

    Problemas de memória e atenção

    A exposição prolongada ao cortisol afeta o hipocampo e o córtex pré-frontal, áreas responsáveis pela memória e pela tomada de decisões. Isso leva a esquecimentos frequentes, falta de foco e impulsividade.

    Mudanças alimentares

    O estresse interfere nos três centros cerebrais ligados à alimentação: o da fome, o do prazer/recompensa e o do controle executivo. O resultado é a busca por alimentos ultraprocessados e hiperpalatáveis.

    “Sob estresse, nosso cérebro busca gratificação rápida. E a comida é a mais acessível delas”, explica a psiquiatra.

    Risco de transtornos mentais

    O estresse crônico aumenta a vulnerabilidade para desenvolver ansiedade, depressão e burnout. Também pode potencializar sintomas em condições como a fibromialgia.

    Sintomas físicos

    Entre os sinais mais comuns estão dores musculares, tensão, bruxismo e fadiga constante. Esses sintomas somáticos criam um ciclo em que a dor alimenta ainda mais o estresse.

    O que o estresse pode causar em diferentes fases da vida

    O impacto do estresse também varia de acordo com o momento e as condições de cada pessoa. Xavier destacou situações específicas:

    • Gestação e puerpério : além das alterações hormonais, há a privação de sono, o que aumenta a vulnerabilidade emocional.
    • Menopausa e climatério : alterações hormonais e cognitivas, como a chamada “névoa mental”, tornam o período mais sensível ao estresse.
    • Ambiente de trabalho : a sobrecarga pode levar à exaustão emocional e ao burnout, especialmente quando sinais precoces como insônia e falhas de memória são ignorados.
    • Uso excessivo de telas : a dependência digital estimula excessivamente o sistema de recompensa, favorecendo sintomas ansiosos e depressivos.

    Como reconhecer os sinais de alerta de estresse crônico

    Saber o que o estresse pode causar é importante, mas tão essencial quanto é aprender a identificar quando ele passa do limite saudável. Os sinais mais comuns incluem:

    • Sensação constante de cansaço.
    • Irritabilidade e alterações de humor.
    • Dificuldade para dormir ou sono não reparador.
    • Dores musculares persistentes.
    • Alterações no apetite e no peso.
    • Problemas de atenção, memória e foco.
    • Uso abusivo de álcool, drogas ou compras como válvula de escape.

    “Alterações de sono e de cognição são os sinais mais sensíveis: aparecem cedo e demoram a melhorar”, enfatizou a professora da Pós PUCPR Digital.

    O que podemos fazer para reduzir o impacto do estresse

    Durante a palestra, Alice Xavier apresentou estratégias acessíveis que podem ajudar na prevenção e no manejo do estresse crônico, mesmo sem acompanhamento médico ou psicológico imediato. Entre elas:

    Reconhecer as emoções

    Assim como a luz de alerta no painel do carro, emoções como tristeza, raiva ou ansiedade sinalizam que algo precisa ser cuidado.

    Definir limites

    Aprender a dizer “não”, delegar tarefas e organizar prioridades evita sobrecarga.

    Técnicas de respiração e relaxamento

    Exercícios simples de respiração consciente e relaxamento muscular ajudam a reduzir a tensão.

    Mindfulness

    A atenção plena pode ser aplicada a atividades diárias, como comer ou caminhar, trazendo presença ao momento presente.

    Organização da rotina

    Planejar tarefas e refeições diminui a impulsividade e aumenta a clareza na tomada de decisões.

    Pausas frequentes

    É mais saudável ter pequenas pausas diárias do que trabalhar de forma exaustiva esperando apenas o descanso do fim de semana ou das férias.

    Estilo de vida saudável

    Alice Xavier reforçou os seis pilares da medicina do estilo de vida:

    1. Sono de qualidade
    2. Alimentação equilibrada
    3. Manejo do estresse
    4. Atividade física
    5. Relações interpessoais saudáveis
    6. Evitar substâncias nocivas

    “O exercício físico é talvez a estratégia mais completa: previne burnout, melhora o humor, reduz impulsividade e regula a relação com a comida”, destacou.

    Conclusão

    O estresse faz parte da vida e, em sua forma aguda, pode ser até benéfico. Mas quando se torna crônico, o que o estresse pode causar é uma verdadeira cascata de prejuízos: desde noites mal dormidas e escolhas alimentares desreguladas até o aumento do risco de depressão, ansiedade e doenças físicas.

    A boa notícia é que, ao compreender seus mecanismos e sinais de alerta, podemos adotar práticas simples para reduzir seu impacto. Reconhecer emoções, cuidar da rotina, praticar mindfulness e investir em atividade física são passos fundamentais para recuperar o equilíbrio entre corpo e mente.

    Como concluiu Alice Xavier: “Não podemos eliminar o estresse da vida, mas podemos aprender a manejá-lo para que ele não nos adoeça”.

    Perguntas frequentes sobre estresse

    O que é estresse?

    O estresse é uma resposta natural do organismo a situações desafiadoras ou ameaçadoras. Ele pode ser benéfico em curto prazo, mas prejudicial quando se torna crônico.

    O que o estresse pode causar no corpo e na mente?

    O estresse pode afetar sono, memória, atenção, alimentação, humor e aumentar o risco de transtornos como ansiedade, depressão e burnout.

    Qual a diferença entre estresse agudo e estresse crônico?

    O estresse agudo é imediato e adaptativo, ajudando em situações de risco. Já o estresse crônico é persistente e traz prejuízos à saúde física e mental.

    Qual a diferença entre estresse e ansiedade?

    O estresse é uma reação a fatores externos de pressão ou ameaça. A ansiedade é um estado emocional antecipatório que pode ocorrer mesmo sem um estímulo real.

    O que o estresse pode causar na alimentação?

    O estresse altera a regulação do apetite e favorece o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar e gordura, aumentando o risco de obesidade.

    Quais doenças estão relacionadas ao estresse crônico?

    Depressão, transtornos de ansiedade, burnout, fibromialgia e distúrbios metabólicos estão frequentemente ligados ao estresse prolongado.

    Como o estresse afeta o cérebro?

    O estresse crônico altera o funcionamento do hipocampo, da amígdala e do córtex pré-frontal, prejudicando memória, atenção e controle das emoções.

    O que o estresse pode causar em mulheres durante gestação, puerpério e menopausa?

    Nessas fases, o estresse pode ser intensificado por alterações hormonais, privação de sono e mudanças de papéis sociais, aumentando o risco de adoecimento mental.

    Como reduzir os efeitos do estresse no dia a dia?

    Práticas como respiração, mindfulness, atividade física, pausas frequentes, sono de qualidade e organização da rotina ajudam a reduzir o estresse.

    O estresse pode ser prevenido?

    Sim. Identificar sinais precoces, estabelecer limites, cultivar hábitos saudáveis e manter relações interpessoais de apoio são medidas preventivas eficazes.

    *Conteúdo produzido com o apoio de IA.

    Por Redação

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