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O que é neuropedagogia e como se especializar na área

Olivia Baldissera • 31 de março de 2025

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    Os anos 1990 são conhecidos como “a década do cérebro” pelos grandes avanços da neurociência, que revolucionaram o trabalho de muita gente, inclusive dos professores.


    Os educadores ganharam um saber até então inédito para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. É a neuropedagogia, um dos ramos da neurociência que ajuda professores de todos os níveis educacionais a entenderem a relação entre o sistema nervoso e a aprendizagem em diferentes fases da vida.


    Aqui você irá conhecer o que é neuropedagogia mais a fundo, além de descobrir como atuar na área. Vamos começar?

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    O que é neuropedagogia

    A neuropedagogia é uma nova área de estudo que tem como objeto a mediação entre aprendizagem, ensino e pesquisas sobre o sistema nervoso. Ela é um ramo da neurociência e também da pedagogia que busca entender como o cérebro aprenda para adaptar técnicas de ensino ao órgão humano, além de planejar intervenções nas competências cognitivas, orgânicas, emocionais e sócio-interativas.


    Outros nomes que você pode ouvir por aí para falar sobre neuropedagogia são "neuroeducação", "neuroaprendizagem" e "pedagogia neurocientífica".


    A neuropedagogia entende que a cognição de todo indivíduo se amplia paralelamente ao desenvolvimento humano. Ela reúne saberes que permitem fazer uma análise biopsicológica e comportamental do estudante, por meio de estudos da anatomia cerebral.


    A partir desses saberes, educadores podem desenvolver técnicas e metodologias que potencializem a aprendizagem, subárea chamada de neurodidática. Ela foca na aprendizagem significativa considerando o ser humano como alguém que aprende por meio de estímulos e jeitos diferentes.


    Não só a neurodidática, mas a neuropedagogia como um todo prevê que toda pessoa tem limitações e poderá passar por dificuldades, que podem ser superadas com a ajuda da neuroplasticidade e da aprendizagem significativa.


    Dessa forma, o ramo da pedagogia contribui com o desenvolvimento sociocognitivoafetivo do estudante, ao considerar as habilidades específicas de cada um e potencializar a capacidade de aprendizagem ao longo da vida de todo indivíduo.


    Por isso, a neuropedagogia é fundamental para promover a inclusão de estudantes com deficiência ou transtornos de aprendizagem.

    Principais transtornos de aprendizagem estudados pela neuropedagogia

    • Dislexia: termo geral que engloba distúrbios de leitura, matemática, ortografia, expressões escritas ou manuscritas, compreensão ou uso da linguagem verbal ou não verbal.
    • Dislexia fonológica: incapacidade de decodificação de sons.
    • Dislexia superficial: dificuldade em reconhecer as formas e estruturas das palavras, ou seja, de reconhecer a palavra pela rota lexical.
    • Disgrafia: dificuldades de caligrafia, no traçado e na forma das letras.
    • Discalculia: dificuldade de solucionar questões, estimar quantidades, memorizar números e reconhecer padrões.
    • Anarritmia: dificuldade de formar conceitos básicos e adquirir aptidões de computação.
    • Afasia anômica ou disnomia: dificuldade de recordar palavras e recuperar informações da memória.

    A diferença entre neuropedagogia e psicopedagogia

    A diferença entre neuropedagogia e psicopedagogia está nas disciplinas que as áreas têm como base: neurociência e psicologia, respectivamente. No entanto, as duas têm como foco a aprendizagem.


    A psicopedagogia tem como objetivo entender a complexidade dos fatores biológicos, cognitivos, afetivos e sociais envolvidos no processo de aprendizagem. Aliada à neuropedagogia, ela permite que o professor tenha uma visão mais completa do estudante e faça um diagnóstico mais preciso das dificuldades enfrentadas por ele.


    Tanto a psicopedagogia quanto a neuropedagogia ajudam na detecção de bloqueios e dificuldades de aprendizagem, na inclusão, na criação de métodos de ensino e no combate à evasão escolar. Mas o profissional que atua em cada uma das áreas realiza atividades diferentes.


    A psicopedagoga faz intervenções para solucionar problemas de aprendizagem de um único estudante ou em uma instituição de ensino como um todo. Já a neuropedagoga mapeia as áreas do cérebro ligadas à aprendizagem por meio de testes e, assim, fazer um diagnóstico.

    O que faz uma neuropedagoga

    • Planejamento de intervenções e programas terapêuticos de reabilitação cognitiva para crianças e adultos;
    • Aplicação de testes para avaliação da capacidade cognitiva do indivíduo;
    • Suporte pedagógico em instituições de ensino da rede pública e privada;
    • Consultas individuais de crianças e adolescentes que apresentam problemas de aprendizagem em clínicas multiprofissionais;
    • Atendimento a crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem em ONGs e entidades assistenciais.

    Como ser uma neuropedagoga

    Para atuar como neuropedagoga, é preciso ter uma graduação em psicologia, pedagogia ou licenciatura e fazer uma pós-graduação em neurociência.


    Essa pós pode ser stricto sensu (mestrado e doutorado) ou lato sensu. Neste caso, há cursos que abordam outras disciplinas além da neurociência para oferecer um panorama do desenvolvimento infantil.

    Por Olivia Baldissera

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