Inscreva-se
imagem
PUCPR Logo

Crianças neurodivergentes: estratégias de suporte para pais, professores e cuidadores

Redação Pós PUCPR Digital • 9 de julho de 2024

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit

Acompanhe

    A neurodiversidade é um conceito que compõe as variações neurológicas naturais entre os seres humanos.


    Crianças neurodivergentes, por sua vez, são aquelas cujos cérebros funcionam de maneira diferente do que é considerado típico ou normal na sociedade.


    Isso é, pode incluir condições como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Dislexia, Discalculia, Síndrome de Tourette, entre outras, bem como os diferentes níveis de variações que estes quadros possuem.


    Reconhecer e valorizar essas diferenças é fundamental para promover um ambiente inclusivo e acolhedor, no qual essas crianças possam se sentir confortáveis para se desenvolverem durante os diferentes estágios da vida.


    Neste artigo, você vai conferir estratégias para dar suporte a essas crianças e ajudá-las a desvendar seu potencial.

    O que é a neurodiversidade em crianças? 

    Para entender melhor o que significa ser uma criança neurodivergente, é essencial destacar que a neurodiversidade não é uma deficiência ou uma doença a ser curada.


    Ela é uma variação natural e multifatorial da condição humana, para a qual não existe causa específica que explique por que ocorre. As crianças neurodivergentes podem apresentar diferentes formas de aprendizado, comunicação e interação com o mundo.


    Abaixo, você confere as principais manifestações da neurodivergência: 


    • Transtorno do Espectro Autista (TEA): Crianças com TEA podem ter dificuldades de comunicação social, interesses restritos e comportamentos repetitivos. Elas também podem possuir habilidades excepcionais em áreas específicas, como matemática, música ou artes visuais. 
    • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Caracteriza-se pela hiperatividade, impulsividade e por dificuldades em manter a atenção. Há 3 tipos de TDAH, os predominantemente desatentos, os hiperativos/impulsivos e os que combinam ambos. Pessoas com TDAH podem se destacar pela criatividade e energia. 
    • Dislexia: Afeta a capacidade de leitura e escrita. Crianças com dislexia podem apresentar dificuldade em decodificar palavras, mas ter habilidades de resolução de problemas. 
    • Discalculia: Impacta a capacidade de entender e manipular números. Crianças com discalculia podem apresentar dificuldades em matemática, mas não em outras áreas como artes e humanidades. 
    • Síndrome de Tourette: Caracteriza-se por tiques motores e vocais. Crianças com Tourette podem enfrentar desafios sociais, mas desenvolver força de vontade e determinação.

    O que pais, professores e cuidados precisam saber 

    Promover um ambiente inclusivo e de apoio para crianças neurodivergentes exige um mindset específico dos pais, professores e cuidadores. Isso inclui compreensão, empatia, flexibilidade e uma abordagem centrada na criança.


    Confira, abaixo, os principais aspectos desse mindset:


    1. Compreensão e educação

    A primeira etapa para apoiar crianças neurodivergentes é se educar sobre suas condições e necessidades específicas. 

    É preciso entender quais são os limites que seu filho ou aluno possui e quão longe ele pode ir. Compreender as características e os desafios únicos de cada condição é fundamental para oferecer um suporte adequado.


    Pais, professores e cuidadores devem buscar informações de fontes confiáveis e participar de treinamentos, workshops e formações sobre neurodiversidade. Conversar com pessoas que têm filhos ou alunos com a mesma condição também é interessante.


    2. Empatia e paciência

    Isso significa reconhecer que cada criança é única e que seus comportamentos e reações podem ser diferentes das expectativas típicas.


    A paciência é essencial para permitir que a criança se desenvolva em seu próprio ritmo. Em alguns casos, psicoterapia para pais e cuidadores é importante para auxiliar no desenvolvimento emocional de quem convive no dia a dia com estas crianças.


    3. Flexibilidade e adaptação

    As abordagens tradicionais de ensino e cuidados podem não ser eficazes para crianças neurodivergentes. Pais, professores e cuidadores precisam ser flexíveis e adaptar suas estratégias para atender às necessidades individuais de cada criança.


    Isso pode incluir a modificação de tarefas, o uso de tecnologias assistivas, a criação de ambientes sensoriais adequados e a implementação de horários flexíveis. Isto é, talvez seja necessário um plano de ensino específico para o aluno.


    4. Enfoque nos pontos fortes

    Em vez de se concentrar nas dificuldades ou limitações, é importante reconhecer e valorizar os pontos fortes e talentos das crianças neurodivergentes. Isso pode aumentar sua autoestima e motivação.


    5. Comunicação clara e conjunta

    A comunicação clara entre pais, professores e cuidadores é essencial para garantir que as necessidades da criança sejam atendidas de maneira eficaz.


    Reuniões regulares e trocas de informações ajudam a criar um plano de apoio coeso e consistente. Envolver a criança na comunicação, quando apropriado, também é importante para que ela se sinta ouvida e respeitada. 

    4 estratégias práticas para a inclusão 

    Incluir crianças neurodivergentes na sociedade, na escola e na creche envolve a responsabilidade compartilhada entre pais, professores e cuidadores capacitados dispostos a aprender junto a elas.


    Para isso, a aplicação de estratégias práticas de inclusão garante que todas tenham a oportunidade de desenvolver seu pleno potencial e contribuir para uma sociedade mais diversa e rica. Confira, a seguir, estratégias práticas para auxiliar na inclusão de crianças neurodivergentes:


    1. Ambientes sensoriais adequados

    Algumas crianças neurodivergentes podem ser sensíveis a estímulos sensoriais como luzes brilhantes, sons altos ou texturas específicas.


    Por isso, criar um ambiente sensorialmente adequado pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar a concentração. 

    Isso pode incluir a criação de espaços tranquilos, o uso de iluminação suave e disponibilizar materiais sensoriais como fidget toys pode auxiliar no processo.


    2. Abordagem pedagógica singular

    Significa adaptar o conteúdo, o processo e os produtos de aprendizado para atender às necessidades individuais dos alunos. Desse modo, é interessante estabelecer prioridades e divisão de tarefas em etapas menores, simplificar a linguagem, estabelecer rotinas consistentes, incluir o uso de métodos visuais, como mapas mentais, e o fornecimento de tempo extra para completar as atividades.


    3. Intervenções comportamentais positivas

    Intervenções comportamentais positivas focam em reforçar comportamentos desejáveis em vez de punir os indesejáveis. Essa abordagem pode ser eficaz para ajudar crianças neurodivergentes a desenvolver habilidades sociais e de autocontrole.


    Utilizar recompensas e elogios pode ser interessante por auxiliar também no aumento da autoestima da criança.


    4. Inclusão social e atividades extracurriculares

    Promover a inclusão social é crucial para o desenvolvimento emocional e social das crianças neurodivergentes. 

    Dessa forma, incentivar a participação delas em atividades além das salas de aula, como esportes, artes e clubes, pode ajudar a construir amizades e laços sociais.


    É necessário também pensar no perfil e gosto pessoal de cada pessoa para que seja acessível.


    Como você viu, para lidar com crianças neurodivergentes, é fundamental cultivar empatia, paciência e compreensão de suas necessidades. Esperamos que este artigo tenha sido de grande ajuda. Boa sorte na sua jornada!

    Por Redação Pós PUCPR Digital

    Gostou deste conteúdo? Deixe seu comentário abaixo ou compartilhe com seus amigos!

     

    Assine a News da Pós para ficar por dentro das novidades


    Receba conteúdos sobre:


    • tendências de mercado
    • formas de escalar sua carreira
    • cursos para se manter competitivo.


    Quero receber

    Conteúdo Relacionado

    Share by: