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Inovar, ser dono do negócio, receber direcionamento do chefe. Estas são as principais características dos colaboradores brasileiros, segundo o Índice de Saúde Organizacional de 2019 da consultoria McKinsey. Mas atrás de tantos adjetivos há um dado preocupante: os brasileiros também são altamente desmotivados.
Uma das causas apontadas pelo relatório é a falta de reconhecimento dentro da empresa. Então a solução é elogiar o bom desempenho da equipe, correto?
Não é tão simples. O gestor deve fazer com que o time se sinta protagonista do trabalho realizado. Para isso, ele deve exercer determinados tipos de liderança, em especial a participativa. Você irá entender o porquê nos próximos parágrafos. Acompanhe!
Não existe uma única forma correta de liderança, de acordo com a Abordagem de Contingência. A performance do líder vai depender do contexto em que ele atua, como a natureza do trabalho, o ambiente, o perfil dos colaboradores e a cultura em que estão inseridos. Ou seja, o líder precisa se adaptar às situações e escolher o tipo de liderança mais adequada para cada uma delas.
A liderança participativa é um dos quatro tipos de comportamento do líder, segundo a Teoria Caminho-Meta. Ela foi elaborada por Robert House em 1971 e trata sobre os efeitos que as ações do líder produzem no desempenho do subordinado, como motivação, satisfação e atitudes. Nessa teoria, o gestor é o responsável por motivar a equipe, além de traçar metas e escolher os melhores caminhos para alcançá-las.
O que é liderança participativa explicaremos mais adiante. Antes, é preciso conhecer os outros três tipos de liderança:
Na liderança participativa, a equipe tem influência sobre a tomada de decisões e os modos de operação da empresa. O processo alia o desenvolvimento de uma organização à participação do indivíduo, tornando o poder decisório descentralizado.
A liderança participativa produz 4 efeitos na equipe, segundo Robert House:
A liderança participativa promove a satisfação entre colaboradores que não exercem atividades repetitivas. Entre os que fazem este tipo de tarefa, ela é indicada para subordinados que não tenham ideias rígidas nem um perfil autoritário. Em outras palavras, a eficácia desse estilo depende do perfil dos colaboradores, se eles preferem ter maior independência ou autonomia no trabalho.
Para o líder, a liderança participativa acaba por integrá-lo a um processo de aprendizagem, por estar envolvido com as experiências e vivências de cada um dos integrantes da equipe.
Em geral, um líder participativo tem as seguintes características:
Isso não significa que um gestor que não tenha este perfil não possa exercer uma liderança participativa. Ele deve se concentrar em desenvolver habilidades socioemocionais, as soft skills , para ser reconhecido como um bom líder pela equipe.
Lendo as características da seção anterior, dá para ter uma ideia das vantagens da liderança participativa, não é? Abaixo está uma lista que deixa mais evidente como este tipo de liderança beneficia toda uma organização.
Adotar a liderança participativa não é algo que é feito do dia para a noite. Ela precisa fazer parte da cultura da empresa e ser praticada pelas diferentes áreas da organização. No entanto, é possível colocar em prática algumas ideias para estimular o engajamento da equipe.
A liderança participativa pressupõe que todos falem. Para isso, a equipe precisa se sentir acolhida para dar ideias e, principalmente, discordar do gestor. O primeiro passo para construir esse ambiente é falar abertamente sobre gestão e hierarquia, alinhando as expectativas sobre o modelo de liderança que será adotado. Estimule a interatividade de todos por meio de perguntas e mostre-se genuinamente interessado pelas respostas.
Aqui é preciso ser sincero e, ao mesmo tempo, assertivo. É por meio dos feedbacks que a equipe melhorará sua performance e se sentirá envolvida com o desempenho da organização. O líder também deve estar aberto para ouvir críticas.
Ser um líder participativo envolve a mediação de reuniões, para não perder o foco da discussão. É preciso estar aberto às ideias de todos, porém elas não podem se desviar do objetivo da conversa. Se isso acontecer, há o risco da reunião terminar e nenhuma decisão ter sido tomada.
Cabe ao líder também não deixar que um participante roube a cena e não deixe os outros se expressarem.
O monitoramento é necessário para verificar se a liderança participativa é mais adequada para aquele tipo de atividade ou grupo de colaboradores – lembra que no começo do texto falamos que não existe um único jeito certo de liderar?
Os processos estão caminhando e os resultados têm sido bons? Ótimo. Existe alguma resistência ou entrave? Então é preciso adaptar o tipo de liderança para esta situação.
Para que a equipe ajude de fato na tomada de decisão, ela precisa estar munida de informação. Os colaboradores precisam ter acesso a dados e subsídios para pensar em soluções.
Por okleina
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