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Do dado à decisão: o que é e como construir uma cultura data-driven

Redação Pós PUCPR Digital • 7 de fevereiro de 2024

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    Uma cultura data-driven é essencial para empresas que desejam se manter competitivas na era da informação. No setor público, ela auxilia em um melhor atendimento ao cidadão e na elaboração de políticas públicas eficazes. 

    Ao tomar decisões baseadas em dados, as organizações ganham insights valiosos e realizam iniciativas que impulsionam a inovação. Neste artigo, entenda o que significa ter uma cultura data-driven.

    O que é a cultura data-driven 

    A cultura data-driven (também chamada de “cultura orientada a dados”, em português) é a ênfase dada ao uso de dados no processo decisório de uma organização, seja ela pública ou privada, independentemente do setor de atuação. 

    As informações geradas por testes e experimentações com os dados são consideradas mais importantes do que a opinião, pois asseguram uma tomada de decisão mais inteligente e com uma perspectiva holística, a partir da análise do passado, da compreensão do presente e da predição do futuro. 

    Para isso, as organizações recorrem ao Business Intelligence (BI), um conjunto de métodos, processos e ferramentas que transformam os dados em informações úteis para embasar decisões. 

    A cultura data-driven nas empresas ganhou força com o Big Data, conceito que surgiu nos anos 2000 com a massificação do acesso à internet. 

     

    O Big Data é a junção e análise estratégica de um grande volume de dados. O diferencial nesse processo é justamente o de transformar os dados em informações úteis e valiosas, que possam ajudar as organizações a melhorarem seus processos.

    Ele tem como pilares 7 Vs: 

    1. Volume: quantidade de dados coletados a serem analisados. Pode ser medido em Gigabytes (GB), Zettabites (ZB) e até em Yottabytes (YB). 
    2. Velocidade: agilidade na captação e no tratamento dos dados; 
    3. Vínculo: entendimento da conexão entre os dados, ou seja, como eles se relacionam e são hierarquizados; 
    4. Variedade: como os dados são gerados, de forma estruturada, semiestruturada ou não estruturados; 
    5. Variabilidade: analisa as variáveis relacionadas, como sazonalidades e eventos. 
    6. Veracidade: análise da acurácia de dados para evitar o acúmulo de informações inúteis no seu sistema. 
    7. Visualização: organização dos dados em esquemas visuais, como gráficos e tabelas. 

    Ao adotar uma cultura data-driven, as empresas podem obter uma vantagem competitiva significativa, ao entenderem quem são os seus clientes, otimizarem processos, reduzirem custos e identificarem oportunidades de expansão do negócio. 

    Perfil dos profissionais data-driven 

    Os profissionais data-driven não necessariamente são cientistas de dados ou têm um diploma na área de exatas. São pessoas das mais diversas formações que são capazes de ler, identificar a relevância e transformar dados em estratégias para a tomada de decisão.

    Elas também demonstram as seguintes soft skills :

    • Pensamento analítico: habilidade de desconstruir um problema em partes menores, analisar cada uma delas e, por fim, estabelecer uma compreensão do todo. Fundamental para a interpretação de dados e identificação de padrões. 
    • Pensamento crítico: habilidade de questionar suposições e identificar vieses, evitando assim conclusões precipitadas ao analisar dados. 
    • Comunicação eficaz: habilidade de transmitir e receber informações de forma clara, concisa e didática. Essencial para elaborar e apresentar relatórios. 
    • Visão estratégica: compreender o contexto da organização e alinhar a análise de dados aos objetivos de negócio. 
    • Curiosidade: postura proativa em relação ao conhecimento, buscando novos métodos e ferramentas de coleta, armazenamento e análise de dados. 

    Profissionais data-driven encontram vagas em todos os setores, em especial nos de logística, finanças, operações e atendimento ao consumidor. O principal cargo com demanda para esse perfil é o gerencial, mas analistas e coordenadores com uma mentalidade orientada a dados também são bastante valorizados.  

    Como reconhecer uma empresa data-driven 

    Para avaliar se uma empresa é data-driven ou não, são considerados 5 níveis de maturidade em dados, de acordo com metodologia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts): 

    1. Data Negation: empresas que são resistentes ao uso de dados em processos. 
    2. Data Curious : empresas que fazem aplicações pontuais para uso de dados. 
    3. Data Try: empresas que buscam criar uma operação orientada a dados estável. 
    4. Data Safety: empresas que usam os dados de forma estável, em especial para justificar tomadas de decisão. 
    5. Data Driven: empresas com uma cultura baseada em insights. Têm processos, pessoas e espaços adequados para usar os dados em prol dos negócios. 

    Pesquisa de 2023 da Toccato com 125 empresas brasileiras concluiu que 45% delas estão no nível Data Safety, enquanto 41% são consideradas Data Try. Apenas 4% já alcançaram o estágio Data Driven.

    A pesquisa utilizou um questionário quantitativo em que os próprios participantes avaliavam o nível de maturidade de dados da organização. Mesmo com um número pequeno de respondentes e sem uma avaliação externa da maturidade, os resultados servem para refletir sobre o longo caminho que muitas empresas ainda têm que percorrer para alcançar o status de data-driven. 

    Como criar uma cultura data-driven 

    Se você tem um cargo de liderança e gostaria de disseminar a cultura data-driven na sua equipe, saiba que existem algumas etapas que precisam ser superadas para que todos trabalhem orientados a dados. 

    1. Estude como usar os dados para a tomada de decisão 

    De nada adianta sonhar com uma cultura data-driven se você não conhece os conceitos e estratégias fundamentais para um bom uso de dados na tomada de decisão. 

    Nos cursos da Pós PUCPR Digital , você aprende tudo isso com professores que são referência no mercado e atuam em big techs como Microsoft e Amazon. 

    Conheça especializações que vão te ajudar a ter o conhecimento necessário para implementar uma cultura data-driven: 

    2. Defina uma visão e objetivos claros 

    O primeiro passo é ter certeza sobre o que significa ter uma cultura data-driven para a sua empresa e quais são os objetivos que se deseja alcançar. Não adianta coletar e armazenar teras e mais teras de dados se a empresa não souber o que fazer com eles depois. 

    São os objetivos que vão guiar a definição de metas e métricas a serem avaliadas. 

    3. Invista em infraestrutura de dados 

    Uma infraestrutura de dados sólida é fundamental para uma cultura data-driven. Isso inclui a implementação de sistemas de coleta, armazenamento e processamento de dados eficientes e que estejam de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

    Considere a adoção de ferramentas de análise de dados e visualização que possam ajudar a extrair insights úteis. As mais utilizadas são: 

    • Amazon QuickSight 
    • Datamelt 
    • Looker Studio 
    • Microsoft Power BI 
    • Oracle Analytics Cloud 
    • SAS 
    • Tableau 

    4. Capacite os membros da equipe 

    A capacitação dos colaboradores é crucial para o sucesso de uma cultura data-driven. Ofereça treinamentos e workshops para desenvolver as habilidades necessárias em análise de dados, interpretação e comunicação de insights. 

    5. Estimule uma cultura de experimentação e aprendizado 

    Incentive o time a testar novas ideias e hipóteses, utilizando dados para avaliar o impacto das iniciativas. Explicite que o erro é uma oportunidade de aprendizado e melhoria, criando assim um ambiente seguro para a experimentação. 

    6. Promova a transparência e confiança nos dados 

    Garanta que a equipe tenha acesso aos dados relevantes para sua área de atuação, além de entenderem de onde eles vieram. Isso ajudará a promover confiança nos insights gerados e nas decisões data-driven. 

    7. Incentive a colaboração interdisciplinar 

    Facilite a colaboração entre diferentes áreas da empresa, promovendo o compartilhamento de dados e insights. Isso pode ser feito por meio de espaços que propiciem esse relacionamento, como reuniões interdepartamentais ou plataformas de compartilhamento de dados. 

    Criar uma cultura data-driven é um processo que não acontece da noite para o dia. É preciso um comprometido a longo prazo de todos os departamentos envolvidos, além de uma abordagem focada nos objetivos do negócio. 

    Esperamos que este conteúdo sirva como um guia para você mudar a realidade da sua empresa e implementar uma operação orientada a dados.


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    Por Redação Pós PUCPR Digital

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