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Há décadas a psicologia e a neurociência investigam como os hábitos se formam – e como podem ser mudados.
Várias estratégias foram desenvolvidas ao longo dos anos, aqui serão destacadas quatro: visualizar mentalmente os passos necessários para realizar uma nova atividade; aproveitar as horas do dia em que há um aumento na produção de noradrenalina; alterar o ambiente para criar estímulos à adoção de novos comportamentos; e fazer um controle de hábitos.
Todas facilitam a criação ou a mudança de hábitos, mas é preciso lembrar que não se trata de uma fórmula. Cada pessoa vive em um determinado contexto, com os seus objetivos e desafios, além de ter um tempo próprio para criar um hábito.
Continue a leitura para saber mais!
Mudar um hábito é difícil devido à tendência do nosso cérebro de poupar energia. Estima-se que um quinto da nossa energia seja consumida pela atividade cerebral. É muito, não é mesmo?
Por isso que adotamos hábitos em nosso dia a dia, sejam eles bons ou ruins. Um hábito nada mais é do que um padrão de comportamento que é exercido pelo indivíduo com facilidade, quase de forma inconsciente, o que dá agilidade ao processamento de informações.
Para a psicologia e a
neurociência , todo hábito já foi um “
comportamento orientado a objetivos ”. Ele entra em ação em situações novas do dia a dia, quando temos que realizar uma tarefa que nunca fizemos antes ou pegar um trajeto diferente para chegar ao trabalho.
Nesses cenários, nos mantemos mais alertas e somos guiados por um propósito claro e definido. Quando alcançamos esse objetivo, nosso cérebro (especificamente a região do núcleo accumbens) aciona o sistema de recompensa e acaba fazendo uma associação ação-resultado.
A repetição desses comportamentos orientados a objetivos leva à codificação da associação ação-resultado em circuitos neuronais mais eficientes. Com o tempo esses comportamentos se tornam automáticos, ou seja, se transformam em hábitos.
As regiões do cérebro humano que são ativadas no processo de automatização de comportamentos são o estriado dorsal e o córtex pré-frontal. O primeiro é responsável pela formação da associação entre estímulo e resposta, enquanto o segundo atua no monitoramento e tomada de decisão.
Finalizado o processo, o hábito constituído libera espaço de processamento cerebral, possibilitando ao cérebro focar em tarefas mais complexas ou em reter novas informações.
O tempo necessário para mudar um hábito é muito individual e depende do padrão de comportamento que será alterado. Não há uma quantidade exata de dias que valha para todas as pessoas e para todas as ações.
Você já deve ter ouvido que bastam 21 dias para mudar um hábito. Essa ideia veio de uma interpretação equivocada do livro "
Psicocibernética ” (1969) do cirurgião plástico americano Maxwell Maltz (1899-1975). O mito se originou do relato de Maltz sobre o tempo que seus pacientes levavam para se acostumar com a aparência após uma cirurgia plástica, que era de... Adivinha? 21 dias.
Em 2009, pesquisadores do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade de Londres
publicaram um estudo que chegou à média de 66 dias para se mudar um hábito. Mas, como os próprios autores frisam, se trata de uma média, pois os 96 participantes da pesquisa levaram de 18 a 254 dias para automatizar um comportamento.
Mais recentemente, pesquisadores da Caltech, da Universidade de Chicago e da Universidade da Pensilvânia mostraram que a média de tempo para mudar um hábito varia de acordo com a atividade.
Eles analisaram os dados de mais de 30 mil frequentadores de academias que treinaram cerca de 12 milhões de vezes em um período de 4 anos. A conclusão foi de que uma pessoa leva 6 meses, em média, para criar o hábito de ir à academia.
Outro conjunto de dados analisado, a efeito de comparação, foi o de 3 mil profissionais da saúde que atuam em hospitais. Em conjunto, eles lavaram as mãos mais de 40 milhões de vezes durante 100 turnos. O estudo concluiu que, para criar o hábito de lavar as mãos, são necessárias poucas semanas.
Para chegar a essas médias, os pesquisadores usaram ferramentas de machine learning. O estudo é de 2023 e
pode ser acessado aqui.
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Os professores são referência dentro e fora do país nas áreas de neurociência, psicologia e liderança.
Por Redação
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