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Negócios e Gestão

Minimum Lovable Product (MLP), um contraponto ao MVP

Por Redação   | 

A estratégia do Minimum Lovable Product (MLP, que pode ser traduzido para “Produto Mínimo Adorável”) prega que um produto deve ser lançado no mercado com funcionalidades que conquistem o usuário logo no primeiro contato.

O MLP serve como um contraponto ao Minimum Viable Product (MVP) ao prever a conquista da admiração no processo, mesmo que isso envolva incluir funcionalidades além das essenciais para solucionar um problema do cliente.

Continue a leitura para conhecer as semelhanças e diferenças entre as duas estratégias de desenvolvimento de produto:

O que é Minimum Lovable Product (MLP)
O conceito de MVP
Semelhanças e diferenças entre Minimum Lovable Product e MVP
Como transformar um MVP em um MLP
E o Minimum Marketable Product (MMP)?
MLP, MVP ou MMP: qual escolher?

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O que é Minimum Lovable Product (MLP)

O Minimum Lovable Product (MLP) é uma estratégia de desenvolvimento de produtos baseada na oferta inicial de algo que os usuários amam assim que entram em contato com ele. O MLP representa o mínimo necessário para que os clientes gostem de um produto, em vez de simplesmente tolerá-lo.

Assim como o MVP, o MLP é uma versão de um produto que reúne as funcionalidades mínimas necessárias para entregar rapidamente valor ao usuário. No entanto, ele propõe criar uma experiência excepcional, que conquista a admiração de clientes e os fideliza imediatamente. Em resumo, ele deve focar na solução, na experiência e na satisfação.

O conceito de “Minimum Lovable Product” foi cunhado pelo empreendedor Brian de Haaff em 2013, em uma publicação de blog. No texto, de Haaff argumenta que a estratégia do MVP geralmente resulta em produtos que geram insatisfação entre os consumidores. 

Ele também lista as características que fazem um produto ser considerado um MLP. Para de Haff, quanto mais dessas características houver em um produto, mais adorado ele será pelos usuários:

  • Pelo menos uma pessoa diz que aquilo nunca foi feito antes;
  • Potenciais clientes sorriem quando você descreve sua ideia para eles;
  • Alguém solta um palavrão quando ouve sua ideia (seja por gostar dela ou odiá-la);
  • Você sonha que está usando esse produto e todas as funcionalidades que você adicionar nele;
  • Apenas o seu CTO ou arquitetos de software pensam que esse produto é possível;
  • Pessoas começam a contatar você para entender o produto que você está desenvolvendo;
  • Os analistas mais conhecidos da indústria não estão escrevendo sobre sua ideia.

Em 2016, Brian de Haaff expandiu o conceito de “Minimum Lovable Product” no livro “Lovability” (sem tradução para o português). 

Brian de Haaff e a capa do livro “Lovability”, de sua autoria. Montagem com fotos de divulgação da Aha!Brian de Haaff e a capa do livro “Lovability”, de sua autoria. Montagem com fotos de divulgação da Aha!

O conceito de MVP

O Minimum Viable Product (MVP, que pode ser traduzido para “Produto Mínimo Viável”) também é uma estratégia de desenvolvimento de produtos. Ela se baseia no lançamento de uma versão simplificada de um produto com o objetivo de testar ideias com um mínimo de esforço e recursos.

O MPV tem como principais características:

  • Funcionalidades básicas: um MVP deve incluir apenas as funcionalidades necessárias para validar a ideia de negócio, assim economizando tempo e recursos;
  • Protótipo simples: um MVP pode ser um protótipo simples, como um esboço ou um wireframe, o que permite testar a viabilidade de uma ideia sem investir em um produto completo;
  • Teste rápido com usuários reais: para obter um feedback ágil, o MVP deve ser testado com um grupo pequeno de pessoas para entender melhor suas necessidades e requisitos;
  • Ajustes e melhorias: com base no feedback, é preciso fazer ajustes e melhorias no produto, como incluir mais funcionalidades ou remover as que não são essenciais;
  • Ciclo de iteração: a criação de um MVP é um processo iterativo, ou seja, é necessário repetir o processo até chegar a um produto satisfatório e que tenha validado a ideia de negócio.

>>> Leia também: A diferença entre o conceito de produto e projeto

Semelhanças e diferenças entre Minimum Lovable Product e MVP 

De forma sistemática, podemos resumir as semelhanças e diferenças entre o Minimum Lovable Product e o Minimum Viable Product nos seguintes pontos:

Semelhanças entre MLP e MVP

  • Ambos são versões reduzidas de um produto completo;
  • Tem o objetivo de entregar valor de forma rápida ao cliente com o mínimo de esforços e custos;
  • São estratégias para testar e validar o produto no mercado;
  • Permitem obter feedback dos usuários para melhorias futuras.

Diferenças entre MLP e MVP

  • O principal objetivo do MLP é oferecer um valor diferenciado ao usuário, enquanto o do MVP é validar uma ideia;
  • O MLP tem como foco uma experiência do usuário excepcional logo no primeiro contato, enquanto o MVP foca na validação de uma hipótese e na viabilidade de mercado;
  • O MLP prevê funcionalidades não essenciais para conquistar o usuário, enquanto o MVP inclui apenas o essencial para o produto solucionar um determinado problema;
  • O MLP deve gerar admiração e carinho pelo produto por parte dos usuários, enquanto o MVP deve entrar valor suficiente para ser adotado pelos usuários;
  • O MLP é mais adequado para um mercado em que há vários produtos semelhantes, enquanto MVP é indicado para um contexto em que há poucas alternativas.

>>> Leia também: Faça a gestão de entregas com a Estrutura Analítica de Projetos (EAP)

Como transformar um MVP em um MLP

A ideia de MVP fornece a base para a criação de produtos que conquistam o usuário, por isso é possível adaptar a estratégia que você usa com o seu time para adequá-la aos preceitos do MLP. As orientações são do especialista em produto Carlos Gonzalez De Villaumbrosia, em coluna para a Forbes:

1. Envolva os designers desde o início do projeto

Não deixe o design do produto para depois. Trabalhe com os designers logo no começo do desenvolvimento do produto. Mesmo que ele seja incrível em termos de funcionalidade, se a experiência do usuário for ruim, o produto provavelmente não terá sucesso.

2. Construa uma comunidade engajada

Ter uma comunidade leal e envolvida é extremamente valioso para qualquer negócio. Invista em community management e crie fóruns para os usuários se conectarem e compartilharem ideias.

Esses fóruns podem ser um grupo no WhatsApp ou no Telegram. Também é possível cativar a comunidade pelas listas de transmissão do Instagram, mesmo que os membros só consigam receber mensagens.

3. Conte a sua história

É importante que o produto tenha uma história convincente e autêntica, a partir da motivação que o levou a ser criado. Aposte em estratégias de storytelling para deixar o conteúdo mais cativante, sem perder o foco na verdade.

4. Colete feedback qualitativo

Medir o nível de adoração que seus usuários têm pelo seu produto pode parecer subjetivo, mas ainda é possível coletar um feedback qualitativo. Ouça seus clientes e tome medidas para melhorar a experiência deles, ao mesmo tempo em que atende a uma demanda de mercado.

Comentários nas redes sociais e contatos recebidos via SAC são um ótimo ponto de partida.

5. Lembre-se de que o "M" em MLP significa "mínimo"

O objetivo do Minimum Lovable Product é lançar um produto funcional que os usuários adorem com o mínimo de recursos possível. Concentre-se em funcionalidades que criam engajamento e que não consomem muito tempo nem investimentos financeiros para serem desenvolvidos.

>>> Leia também: Para que serve a Matriz RACI na gestão de projetos

E o Minimum Marketable Product (MMP)?

O Minimum Marketable Product (MMP) é um produto que tem funcionalidades o suficiente para ser lançado e vendido no mercado, atraindo consumidores e gerando receita. Seu principal objetivo não é testar ideias, como no MVP, mas aproveitar uma oportunidade de mercado o mais rápido possível.

MLP, MVP ou MMP: qual escolher?

Não existe uma resposta certa para essa pergunta, pois tudo vai depender do contexto: qual mercado o produto pretende atender? Há uma oferta grande de soluções similares? Existe um gap de mercado que pode ser aproveitado? Qual o seu orçamento? Qual o tamanho da sua equipe?

Avaliar o contexto para decidir que tipo de estratégia de desenvolvimento de produto adotar faz parte das responsabilidades de um gerente de projetos. E é por meio do conhecimento de boas práticas, frameworks e cases que você será capaz de lidar com esse desafio.

Um curso de gestão de projetos é o melhor caminho para otimizar esse processo. É nesse ambiente de troca de experiências que você vai aprender não somente diferentes estratégias de desenvolvimento de produto, mas também os fundamentos da jornada do cliente, os métodos ágeis mais efetivos, as principais plataformas colaborativas de trabalho e o uso de Ciência de Dados para tomada de decisão.

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