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Segundo o Stress Management Association (Isma), o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados de síndrome de burnout, estando atrás apenas do Japão.
Esse “fenômeno ocupacional” vem crescendo entre os trabalhadores, afetando diretamente o desempenho no trabalho e o desenvolvimento profissional.
Devido a esses impactos, a preocupação com a síndrome de burnout também vem aumentando, inclusive entre as empresas.
Saiba mais sobre esse problema de saúde mental, incluindo os principais sintomas e consequências, assim como medidas para combatê-lo.
A síndrome de burnout é uma condição caracterizada pelo estado de exaustão física, emocional e mental, decorrente de um estresse crônico relacionado ao trabalho. Desse modo, o problema também é conhecido como esgotamento profissional.
Além disso, a incidência dessa condição é mais comum em ambientes de alta pressão e exigência, no qual os trabalhadores precisam estar constantemente em busca de maior produtividade e excelência no trabalho.
Inclusive, por conta da sua relação direta com o trabalho, desde 2022 a síndrome de burnout é reconhecida e classificada como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os sintomas da síndrome do burnout não aparecem de uma hora para outra. Começam a se acumular ao longo do tempo, esgotando o trabalhador gradualmente.
Normalmente, o primeiro sintoma apresentado é a exaustão emocional, seguido de:
Além disso, é comum que esses sintomas evoluem para outros transtornos, como quadros de depressão ou ansiedade.
O diagnóstico desse “fenômeno ocupacional”, como classificado pela OMS, deve ser feito por um profissional de saúde mental, principalmente a partir da entrevista clínica.
Durante essas conversas, o paciente deverá explicar sua rotina de trabalho, sintomas apresentados, duração e intensidade do estresse e o que mais for perguntado pelo profissional.
Dependendo da abordagem seguida, o psicólogo ou psiquiatra também pode usar outros instrumentos de avaliação para entender o quadro do paciente.
O tratamento da síndrome de burnout varia conforme o quadro apresentado pelo paciente.
Afinal, muitos procuram ajuda apenas quando já estão sofrendo com outros transtornos, como ansiedade e depressão, necessitando de uma intervenção mais grave.
Por conta disso, o tratamento pode variar desde acompanhamento com psicólogo até o afastamento do trabalho ou o uso de medicamentos psiquiátricos.
Então, ao apresentar os sintomas acima, você deve buscar ajuda profissional e conseguir tratar essa condição antes que suas consequências aumentem!
Falando nas consequências que a síndrome de burnout pode causar, é preciso alertar que isso vai além dos sintomas apresentados acima… Vejamos mais alguns impactos:
A tendência é que o desempenho profissional e qualidade do trabalho diminuam com o tempo, devido à redução da capacidade de concentração e motivação.
Além disso, a exaustão e falta de energia podem resultar em faltas frequentes ao trabalho ou afastamentos prolongados, que impactam diretamente no desenvolvimento da carreira.
Inclusive, muitos trabalhadores com síndrome de burnout podem decidir mudar de carreira ou até mesmo sair do mercado de trabalho, abandonando inconscientemente os planos de uma vida inteira.
Esse quadro também impacta diretamente a vida profissional, pois provoca um afastamento das atividades sociais e familiares. Afinal, você não terá energia nem para levantar, quanto mais interagir com outras pessoas.
O estresse e a irritabilidade também podem causar conflitos com amigos, familiares e parceiros, afastando ainda mais essas pessoas.
A exposição prolongada ao estresse aumenta o risco de desenvolvimento de condições de saúde física, como pressão alta, problemas gastrointestinais, enxaqueca, dores musculares e estresse crônico.
Além disso, a tendência é de que a pessoa tenha uma qualidade de vida cada vez menor, estando mais suscetível à depressão, ansiedade e outros quadros.
Você sabia que a síndrome do burnout afeta mais as mulheres do que os homens? Segundo uma pesquisa do LinkedIn, 74% das trabalhadoras relatam estar estressadas por conta do trabalho, contra 61% dos trabalhadores do sexo masculino.
Outros estudos nesse sentido revelam que esse resultado pode estar relacionado com as diferenças das condições de trabalho. As oportunidades de avanço profissional restritas por conta do gênero também impactam a saúde mental das mulheres.
Saber desse dado é crucial para as empresas que desejam evitar ou, ao menos, diminuir a incidência de casos da síndrome de burnout em seus ambientes de trabalho.
Assim poderão intervir diretamente na organização estrutural do negócio, possibilitando oportunidades mais igualitárias aos seus trabalhadores, sem distinções de gênero.
Além disso, os gestores também podem adotar medidas como:
A empresa também deve treinar os seus líderes e gestores, capacitando-os para reconhecer os sinais de burnout e adotar uma abordagem mais empática. É preciso que eles atuem para evitar esse problema, não aumentar a sua incidência!
Esses investimentos são necessários tanto para preservar a saúde dos trabalhadores, como também o próprio desenvolvimento do negócio.
Sem profissionais motivados, engajados e produtivos, uma empresa não conseguirá entregar bons resultados aos seus clientes e crescer no mercado — os principais objetivos de toda organização.
A síndrome de burnout não é besteira! É um fenômeno ocupacional sério, que precisa de bastante atenção, assim como cuidados específicos.
Portanto, ao apresentar os sintomas acima com frequência, procure ajuda profissional.
Ainda que o quadro não tenha se instalado, será possível reverter essa situação e ter novamente o prazer de trabalhar e o bem-estar para aproveitar cada momento da sua rotina.
Não tenha vergonha: peça ajuda!
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