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O neuromarketing é um campo de estudo que utiliza métodos da neurociência para analisar e compreender o comportamento humano em relação aos mercados e às trocas comerciais. O objetivo é entender as respostas sensoriais, cognitivas e emocionais a diferentes estímulos de marketing.
Para isso, são utilizadas diversas técnicas que, combinadas, ajudam a desvendar as ações do consumidor.
Reunimos aqui 5 técnicas de neuromarketing, algumas com abordagens mais psicológicas e outras mais tecnológicas. Conheça cada uma delas a seguir.
O priming, (termo que pode ser traduzido para “pré-ativação”) é um efeito psicológico que descreve como um estímulo inicial pode influenciar as respostas de um indivíduo a estímulos subsequentes, sem que haja consciência dessa influência.
Ou seja, a exposição a um estímulo (que pode ser um som, uma imagem, um cheiro, uma textura...) ativa representações mentais internas que, de forma inconsciente, afetam como o indivíduo processa informações e reage a outros estímulos. Esse efeito foi descrito pela primeira vez pelo psicólogo canadense D. O. Hebb, em 1949.
O priming funciona como um “atalho mental” que facilita o processamento de informações, aproveitando a ativação prévia de certos conceitos ou ideias na memória. Ele impacta motivações, avaliações, julgamentos e decisões.
Como técnica de neuromarketing, o priming norteia a investigação de como elementos como marcas, slogans, jingles, copies e propagandas podem gerar pré-ativação e influenciar o comportamento do consumidor.
Existem diversas formas de priming, cada uma com suas particularidades e mecanismos de ação:
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O efeito de ancoragem é um viés cognitivo que impacta significativamente o processo de tomada de decisão, especialmente no contexto do consumo.
Ele ocorre quando um indivíduo, ao tomar uma decisão, se atém a um valor inicial, uma "âncora", que influencia sua percepção e escolha final, mesmo que essa âncora seja arbitrária ou irrelevante para a decisão em questão.
A ancoragem age como um atalho mental, simplificando decisões em situações de incerteza. Em um ambiente repleto de informações e escolhas complexas, o cérebro busca por pontos de referência para facilitar o processo de decisão. A âncora, mesmo que arbitrária, oferece esse ponto de referência, influenciando a percepção de valor e moldando a decisão final.
A influência da ancoragem é notável na disposição a pagar (“willingness to pay” ou WTP, na sigla em inglês) por produtos.
Estudos mostram que a apresentação de uma âncora, como um preço alto ou baixo, pode afetar o valor que os consumidores estão dispostos a pagar. No entanto, ela deve ser plausível. Se for muito distante da realidade, o efeito de ancoragem pode ser menor, pois o consumidor vai avaliar a coerência do valor em relação a suas expectativas e experiências prévias.
Por exemplo, se uma pessoa é exposta a um preço alto para um vinho, sua WTP será maior do que se tivesse encontrado um preço baixo, mesmo que o vinho seja o mesmo. Mas caso esse valor esteja muito acima de outras marcas que já tenha adquirido, esse cliente provavelmente não estará disposto a pagar pela bebida.
Como o nome sugere, o eye-tracking é uma técnica de neuromarketing que rastreia o movimento dos olhos, permitindo analisar o comportamento do usuário com base nesse movimento.
Para isso, são utilizados dispositivos pequenos e discretos, fixados na região dos olhos das pessoas. A ideia é entender para onde potenciais clientes direcionam o olhar ao serem expostos a uma página de produto, outdoor ou propaganda de TV, por exemplo.
O eye-tracking capta diferentes aspectos do movimento ocular, como:
A técnica tem algumas limitações, por isso ela pode ser combinada com outras ferramentas para gerar insights sobre o comportamento do consumidor:
Os heatmaps são representações gráficas de dados que utilizam cores para indicar a intensidade de um determinado evento em diferentes áreas de uma interface, como uma página de um site.
Essa técnica de neuromarketing oferece uma visão clara e intuitiva do comportamento do consumidor, permitindo identificar áreas de maior e menor interesse, padrões de navegação e pontos de atrito na experiência do usuário.
As informações fornecidas pelos heatmaps podem ser utilizadas para otimizar o layout da interface, a disposição do conteúdo e a localização de elementos importantes, como botões de call-to-actions, menus e formulários. Assim, há uma melhora na experiência do usuário e um aumento nas taxas de conversão.
É importante considerar que, para um heatmap ser confiável, a interface deve impactar um número expressivo de pessoas. No caso de um site, por exemplo, o ideal é que a página receba pelo menos 2 mil visitantes para se obter uma representação mais precisa.
Existem diferentes tipos de heatmaps, cada um focado em um aspecto específico da interação do usuário com a interface:
O eletroencefalograma (EEG) é uma técnica de neuroimagem que mede a atividade elétrica no cérebro através de eletrodos colocados no couro cabeludo.
O EEG oferece alta resolução temporal, permitindo acompanhar a atividade cerebral em milissegundos. Em contrapartida, a fMRI, outra técnica de neuroimagem popular no neuromarketing, possui alta resolução espacial, mas é limitada em sua resolução temporal, capturando imagens estáticas da atividade cerebral a cada poucos segundos.
Como técnica de neuromarketing, o EEG tem se tornado uma ferramenta valiosa para investigar as respostas cerebrais dos consumidores a diferentes estímulos, como anúncios, embalagens, produtos e experiências de compra.
Isso porque ele captura informações sobre os processos cognitivos e emocionais dos consumidores que seriam inacessíveis por meio de métodos tradicionais de pesquisa de mercado, como pesquisas e entrevistas.
Ressalta-se que o uso do EEG no neuromarketing ainda é incipiente, pois se trata de um equipamento pouco acessível, que requer softwares especializados e profissionais capacitados para interpretar os resultados.
💡 Quer saber mais sobre técnicas de neuromarketing? Confira as fontes consultadas para a elaboração deste guia:
*Conteúdo feito com ajuda de inteligência artificial.
Por Olivia Baldissera
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