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Pensar no futuro do trabalho pode ser angustiante, o que é compreensível. Afinal, é desafiador se preparar para exercer uma profissão que ainda não existe.
Como lidar com essa sensação? Desenvolvendo novas habilidades e estudando novos paradigmas, como o de trabalhabilidade.
Ele veio acompanhar a ideia de “empregabilidade” no vocabulário de profissionais para ajudá-los a se adaptar às transformações aceleradas no mercado de trabalho.
Continue a leitura para aprender mais sobre esse conceito e como aplicá-lo no seu dia a dia.
Trabalhabilidade é o ato de desenvolver e renovar habilidades de valor para o mercado de trabalho, por meio do desenvolvimento pessoal e profissional de um indivíduo. Este deve se atualizar e administrar a própria carreira para gerar renda, independentemente do vínculo empregatício.
Ou seja, a pessoa não depende de um empregador, de uma empresa, para ter renda. Ela se torna detentora de um conhecimento único e é agente de mudança da própria trajetória profissional.
Esse é a definição de Rosa Krausz, socióloga e fundadora da Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial (ABRACEM), presente no livro “ Trabalhabilidade ” (1999).
Krausz explica a necessidade de todo profissional focar na trabalhabilidade a partir das mudanças pelas quais o mundo passou nas últimas décadas. Os avanços tecnológicos na área de Inteligência Artificial (IA) e na automatização de processos alteraram a lógica do processo produtivo, que depende menos de mão de obra humana para oferecer bens e serviços.
Profissões deixarão de existir e novas vão surgir, o que exige aprendizado constante se você quiser continuar relevante no mercado de trabalho.
Geralmente, o conceito de trabalhabilidade é associado a autônomos e empreendedores. No entanto, ele pode e deve ser seguido por quem é colaborador de uma empresa, para assim continuar relevante no mercado.
A diferença entre empregabilidade e trabalhabilidade está nos objetivos profissionais do indivíduo e na abrangência dos conceitos.
Empregabilidade pode ser definida como a capacidade de um indivíduo entrar e permanecer em uma organização devido às próprias habilidades e competências. Ela pressupõe permanecer anos na mesma empresa, exercendo a mesma função, e, no caso de desligamento, conseguir se recolocar no mercado.
Isso não significa que o profissional não tenha que se desenvolver nem se manter atualizado. Mas o aperfeiçoamento profissional e pessoal tem como objetivo manter-se empregado, além de ocupar cargos mais altos dentro da organização. Ou seja, a carreira está vinculada à estrutura hierárquica da empresa.
O foco também está em manter um currículo atualizado e competitivo para participar de eventuais processos seletivos.
Já a trabalhabilidade considera as incertezas do futuro do trabalho ao não depender de um vínculo empregatício para ser aplicada. O profissional busca atuar no mercado a de maneira autônoma, sem ter como principal objetivo conseguir um emprego estável.
O que ele ambiciona é ser protagonista da própria carreira, aproveitando oportunidades e experiências do caminho.
Em relação à abrangência, infere-se que a trabalhabilidade engloba a empregabilidade, pois aprimorando a primeira é possível conquistar uma vaga de emprego em uma organização e crescer na hierarquia.
Isso significa que, apesar da associação com o empreendedorismo, a trabalhabilidade não anula a empregabilidade. Não há problema algum em desejar trabalhar em uma determinada empresa, desde que você acompanhe as transformações do mercado e se desenvolva para adaptar-se a elas.
Partindo da definição de Rosa Krauscz, podemos dizer que colocar a trabalhabilidade em prática significa incluir o aprendizado em nosso dia a dia.
O hábito de sempre aprender algo novo ao longo da vida, de forma voluntária e proativa, é chamado de lifelong learning. Ele, inclusive, é considerado uma habilidade socioemocional indispensável para o futuro do trabalho, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As habilidades socioemocionais são chamadas de soft skills , enquanto as técnicas, de hard skills. Estas são mais fáceis de imaginar como aprender, já que as soft skills são complexas de mensurar. No entanto, é possível desenvolvê-las na sua rotina de trabalho, seja como autônomo ou colaborador:
Seja uma soft skill ou uma hard skill, a chave para o sucesso é a constância. Isso significa estudar com regularidade o assunto que você deseja dominar, o que envolve muita leitura (ou escuta, se você for adepto dos podcasts e vídeos) e prática.
Nesse momento de aprendizado, evite distrações. Deixe o celular de lado, vá para um lugar silencioso da sua casa ou do escritório e tire 15 a 30 minutos para estudar.
O tempo pode ser maior, de acordo com a sua rotina, mas tome cuidado com o overlearning – fenômeno que descreve os prejuízos de estudar horas a fio para a saúde física e mental.
Esperamos que este artigo sobre trabalhabilidade tenha sido útil para você. Acompanhe o Blog da Pós PUCPR Digital para mais conteúdo sobre futuro do trabalho.
Por okleina
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