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O que é e como funciona uma Lean Startup

okleina • mai. 19, 2022

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    Acabando de completar uma década de existência, a metodologia Lean Startup já é bastante conhecida (e utilizada) por empreendedores brasileiros.  

    Uma pesquisa com empresários mostrou que 93% dos respondentes conheciam o método e o utilizaram como inspiração para os modelos de negócio. Dois terços dos participantes adotavam como principal métrica uma das apresentadas no livro “The Lean Startup” (2011), de Eric Ries, e 45% das startups que participaram da pesquisa utilizavam um Produto Mínimo Viável (PMV) para fazer testes com clientes.  

    O questionário tinha como objetivo entender como tem sido o desempenho da metodologia Lean Startup no Brasil. Foram ouvidos 115 empreendedores de startups de todo o Brasil, entre eles vencedores do concurso “Startup Brasil” – iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – e finalistas do concurso DEMO Brasil 2014.  

    A pesquisa foi conduzida em 2019 e publicada no periódico “Cadernos de Gestão e Empreendedorismo”, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

    Se você sonha em empreender, precisa fazer parte do grupo que conhece e coloca em prática a metodologia Lean Startup.   

    Aqui você vai encontrar um resumo do conceito e dos princípios detalhados no livro “The Lean Startup” para começar seus estudos sobre esse método inovador.

    Confira:   

    O que é Lean Startup

    Lean Startup (“startup enxuta, em português) é uma metodologia utilizada por empreendedores para desenvolver ou aprimorar produtos e serviços, por meio da combinação da Cultura Ágil , do Design Thinking , do Lean Manufacturing e do Customer Development.

    A metodologia considera que todo problema e solução, ou seja, as necessidades do cliente e o produto, são desconhecidos. Eles serão descobertos por meio de um processo iterativo.  

    Hipóteses sobre produto e mercado precisam ser testadas e validadas de forma rápida e barata, sem abrir mão da qualidade. De acordo com os fundamentos da Lean Startup, isso aumenta as chances de sucesso.  

    Na prática, isso significa diminuir a duração do ciclo de desenvolvimento de um produto, fazer experimentações de forma rápida e evitar desperdícios – de recursos e de tempo. O objetivo da Lean Startup é lançar no mercado um produto de qualidade no menor tempo possível, aperfeiçoando-o à medida que os clientes dão feedbacks.  

    Podemos resumir os processos da Lean Startup em um tripé:  

    1. Customer development: teste e validação das hipóteses com os clientes para encontrar um alinhamento entre produto e mercado;
    2. Desenvolvimento ágil: uso de metodologias ágeis para viabilizar a iteração de desenvolvimento de acordo com a velocidade dos feedbacks dos usuários;
    3. Plataformas tecnológicas: ferramentas que oferecem uma variedade de usabilidades com grande agilidade e baixo custo, seja na construção ou na manutenção de produtos e serviços digitais.

    O termo também denomina um movimento e uma abordagem de inovação contínua.

    A origem da Lean Startup

    A metodologia Lean Startup foi descrita pelo empreendedor Eric Ries em um livro homônimo. Uma das origens do método é a experiência de Ries na startup IMVU, rede social fundada em 2004 antes do termo “metaverso” estar em alta.  

    A outra inspiração é o Lean Thinking , ou pensamento enxuto, que norteava o Sistema de Produção Toyota (TPS, na sigla em inglês) na década de 1950.

    O TPS foi desenvolvido pelo engenheiro e chefe de produção da montadora, Taiichi Ohno, que implantou um novo sistema de gestão que visava à mais alta qualidade no menor prazo e com o menor custo possível, por meio da eliminação de desperdício.  

    O sucesso da indústria automobilística japonesa entre as décadas de 1960 e 1980 fez com que o TPS fosse conhecido em todo o mundo. Em 1990, o Lean Thinking foi sistematizado pelos pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos, no livro “A máquina que mudou o mundo” (“The machine that changed the world”).  

    Os autores definem o Lean Thinking como “uma filosofia que tem como premissa a minimização do desperdício e a maximização da geração de valor para o cliente.”  

    O movimento Lean

    O movimento Lean defende um sistema de gestão de produção que elimine desperdícios e otimize processos para agregar valor ao cliente.  

    No início, seus idealizadores pensavam em aplicá-lo na indústria automobilística; mas seguir o pensamento enxuto nos setores de tecnologia, das finanças e da saúde se mostrou bem-sucedido.  

    O movimento Lean é norteado por 6 princípios:  

    1. Melhoria contínua;
    2. Criação de valor;
    3. Propósito;
    4. Capacitação dos colaboradores;
    5. Inovação;
    6. Flexibilidade para otimizar processos.

    Para o Lean, é o cliente que define o valor de um produto ou serviço, que deve atender às suas necessidades por um determinado preço e momento. Para isso, as atividades de um setor são classificadas em dois grupos, o das que agregam valor e o das que não agregam.  

    As atividades que agregam valor são aquelas pelas quais o cliente está disposto a pagar, seja em forma de produto ou serviço. As demais devem ser eliminadas do processo, por isso também são chamadas de “desperdícios”.  

    Os 5 princípios da Lean Startup

    Eric Ries estabeleceu 5 princípios para uma startup enxuta:

    1. Empreendedores estão por toda parte

    Para Ries, a metodologia Lean Startup funciona para empresas de todos os tamanhos, em qualquer setor ou atividade.  

    É neste princípio que o autor traz sua definição de startup: “uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”.  

    2. Empreender é administrar

    Toda startup é uma instituição, não o produto que cria; por isso precisa seguir um tipo de gestão adequado para o contexto de extrema incerteza.

    3. Aprendizado validado

    O principal motivo para uma startup existir é “aprender a desenvolver um negócio sustentável”, nas palavras de Eric Ries. E essa aprendizagem precisa ser validada por meio de experimentos frequentes, que possibilitam ao empreendedor testar cada elemento de sua visão de negócios.

    4. Construir/medir/aprender

    Se o motivo da existência de uma startup é aprender, as suas atividades fundamentais são:

    1. Transformar ideias em produtos;
    2. Medir como os clientes reagem;
    3. Aprender se é o caso de pivotar (mudar de direção) ou perseverar.

    Esses três pontos constituem o ciclo da Lean Startup, que deve ser acelerado para uma empresa aumentar as chances de ser bem-sucedida.

    5. Contabilidade para inovação

    Toda empresa deve adotar formas de medir o progresso, definir marcos e critérios para priorizar atividades.

    O ciclo da Lean Startup

    Agora vamos detalhar o princípio 4, que trata sobre o ciclo da Lean Startup. Ele abrange três fases:

    1. Construir
    2. Medir
    3. Aprender

    1. Construir

    A empresa deve criar um produto para testar hipóteses e iniciar o processo de aprendizagem. Esse produto deve ser minimamente viável, ou seja, um PMV.

    Um PMV é a versão de um novo produto que deve ser utilizada pelos clientes para que a equipe possa aprender sobre as necessidades e expectativas do público alvo. Ele serve para evitar desperdícios na criação de recursos que não sejam do interesse do consumidor.

    2. Medir

    A empresa deve medir se o trabalho dedicado à construção do PMV valeu a pena ou não, e se deve seguir com o produto.

    Duas importantes ferramentas de mensuração são os feedbacks qualitativos e quantitativos dos usuários. São eles que vão indicar se o produto da startup tem, de fato, valor para o cliente.

    3. Aprender

    A partir dos resultados da segunda fase, é o momento de listar os aprendizados e decidir se seguem em frente com o produto ou não. Caso a resposta seja negativa, um novo ciclo da Lean Startup deve ser iniciado.

    Exemplos de Lean Startups

    O movimento das Lean Startups reúne alguns cases de sucesso para você se inspirar. Confira 5 exemplos de empresas americanas que seguiram a metodologia:

    1. Dropbox
    2. Wealthfront
    3. Grockit
    4. Votizen
    5. Aardvark

    Como aplicar a metodologia Lean Startup

    Revisado o conceito de Lean Startup, é hora de colocá-lo em prática.

    A seguir você vai encontrar algumas orientações de como implementar a metodologia, mas o ideal é se aprofundar no método em um curso de gestão de projetos.

    No curso, você tem a oportunidade de aprender como aplicar os princípios da Lean Startup com a ajuda de empreendedores experientes, que já os colocaram em prática e viram os resultados.

    Você tem esta experiência nas aulas online do curso Gestão de Projetos, Jornada do Cliente e Metodologias Ágeis da Pós PUCPR Digital , por exemplo.

    Confira 8 passos para aplicar a Lean Startup na sua empresa:

    1. Leia o livro “The Lean Startup”, de Eric Ries. Ele é a base indispensável para aplicar a metodologia.
    2. Estude as principais metodologias ágeis usadas por empreendedores. Você pode começar com as essenciais, o Scrum e o Kanban.
    3. Faça uma pesquisa com seus clientes atuais para entender se o seu produto atual atende às necessidades deles. É uma forma de iniciar o processo de Customer Development.
    4. Adote o ciclo da Lean Startup para aperfeiçoar um produto ou serviço que você já oferece. Será uma espécie de treino para usar o método na criação de um produto novo.
    5. Formule hipóteses sobre o seu mercado e faça testes para validá-las.
    6. Dê abertura para todos os colaboradores da empresa darem novas ideias – ou seja, empreenderem.
    7. Comece a desenvolver um PMV para testar suas hipóteses.
    8. Comece a mensurar e avaliar os resultados.

    Gostou deste artigo sobre Lean Startup? Confira mais conteúdo sobre Negócios e Gestão no Blog da Pós PUCPR Digital.

    Por okleina

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