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26 de março de 2025
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Seja um problema de relacionamento com clientes, um erro operacional ou um problema direto com o cliente nas redes sociais, ascrises de reputação são comuns em qualquer mercado. E umbom plano de gestão de crisespode salvar a imagem de uma empresa. Neste guia, você aprenderá um passo a passo para criar um plano de gestão de crises eficaz, um dos principais tópicos da pós-graduação emGestão de Crises: Liderança, Resolução e Comunicação EstratégicadaPós PUCPR Digital.
O que é uma crise e o que é gestão de crise?
Em termos organizacionais, uma crise pode ser definida como umevento inesperado que pode prejudicar a imagem, a operação ou a segurança de uma empresa. Isso pode incluir escândalos, problemas financeiros, falhas de produtos, ataques cibernéticos, entre outros. A gestão de crises, por sua vez, é o conjunto de estratégias e ações que permitem a uma empresaprevenir, responder e recuperar-se de uma crise da melhor forma possível. Ou seja, a gestão acontece antes de uma crise acontecer e é responsável por liderar e conduzir as ações de estancamento em seu auge mais problemático. Para aprimorar esse processo, é essencial também acompanhar os resultados.
Conseguir identificar os principais gatilhos de uma crise é valioso para a tomada de decisão. Os sinais mais comuns e que exigem atenção são:
Situações inesperadas que fogem do controle da organização;
Concentração repentina de pessoas, indicando insatisfação ou preocupação;
Circunstâncias que geram desordem, especialmente em locais movimentados;
Fatos que provocam forte reação emocional e repercussão negativa;
Situações mal interpretadas ou divulgadas de forma equivocada;
Problemas que exigem ação imediata e podem se espalhar rapidamente.
Mas você não precisa esperar algum desses sinais aparecerem para montar um plano de gestão de crises. Veja um passo a passo a seguir:
Passo 1: definir a criação de um Comitê de Crise
O primeiro passo para um plano eficaz é a formação de um comitê de crise, um grupo de profissionais responsável por avaliar situações problemáticas e coordenar respostas. Esse comitê deveincluir representantes de diversas áreas, como comunicação, marketing, recursos humanos, setor jurídico e alta gestão. O objetivo é garantir que diferentes perspectivas sejam consideradas e que a resposta seja integrada e eficiente. Ao tratar sobre o comitê, o plano de gestão de crises deve prever:
Quem deve participar;
Definir papeis e responsabilidades dentro do grupo;
Criar protocolos de ação claros para cada pessoa do comitê;
Realizar treinamentos periódicos para aprimorar a resposta a crises (atuação pré-crise).
Passo 2: descrever os protocolos para cada ameaça
O manual de gestão de crises deve conter umadescrição dos procedimentos operacionaispara lidar com crises graves na organização. Para isso, é fundamental:
Listar exemplos de ameaças potenciais e seus graus de risco;
Detalhar as providências específicas para cada tipo de crise;
Especificar a origem das ameaças e os impactos possíveis;
Garantir que o protocolo contemple a maior parte das situações críticas que a organização pode enfrentar.
Ter essas informações bem documentadas no manual permite agir com rapidez e precisão, minimizando os impactos da crise.
Passo 3: escolha do porta-voz
Toda organização precisa de umporta-voz bem-preparado para comunicar-se com o público durante uma crise. Esse profissional será responsável por falar com a imprensa, colaboradores e demais stakeholders, garantindo que a mensagem transmitida seja coerente, transparente e alinhada à estratégia da empresa. O que considerar ao escolher um porta-voz?
Deve ser uma pessoa experiente e confiante;
Precisa conhecer profundamente a empresa e seus valores;
Deve ter habilidades de comunicação assertiva.
No manual, já deixe especificado os critérios de escolha e, se possível, o nome do porta-voz para cada tipo de crise. Isso facilita a tomada de decisões em momentos de pressão, direcionando para os melhores caminhos quando um problema acontece.
Passo 4: Media Training
Não basta apenas escolher um porta-voz, ele também precisa estar bem-preparado para enfrentar entrevistas e pronunciamentos durante momentos de crise. O media training é umtreinamento especializado que capacita os porta-vozes para interagir com a imprensa e o público de forma profissional. É tão importante que existem muitos profissionais especializados apenas em treinar C-levels a se comunicar da melhor maneira com a mídia e seus stakeholders. Durante o media training, é preciso:
Simular de entrevistas e coletivas de imprensa;
Treinar como lidar com perguntas difíceis;
Aprimorar a linguagem corporal e tom de voz adequados;
Práticas para evitar interpretações negativas.
O media training, muitas vezes, precisa ser feito às pressas, de acordo com a crise que ocorreu. Porém, é comum muitas empresas optarem por alguns tipos de treinamentos e testes periódicos, para que cada porta-voz esteja pronto quando necessário.
Passo 5: definição das Estratégias de Mídia
Durante uma crise,a maneira como a organização se comunica pode determinar a gravidade dos impactos na sua reputação e na confiança do público.As redes sociais e a imprensa desempenham um papel central nesse cenário, sendo canais fundamentais para disseminação de informações. Estabeleça um monitoramento contínuo das redes sociais e dos veículos de imprensa para identificar rapidamente possíveis boatos, fake news e reações do público.A empresa pode adotar o uso de comunicados oficiais como principal fonte de informação, garantindo que apenas dados verificados sejam divulgados. Para isso, é essencial definir o tom de voz e a postura institucional nas comunicações: em situações de crise, um posicionamento transparente, empático e responsável contribui para manter a credibilidade da organização e evitar interpretações equivocadas. Outro ponto crítico é a resposta rápida a fake news e boatos que possam surgir. A empresa precisa estar preparada para identificar informações falsas e desmenti-las de maneira ágil e assertiva, evitando que o problema se amplifique.
Os colaboradores são parte fundamental da gestão de crises, pois também são porta-vozes informais da empresa. Ao fortalecer a comunicação com os colaboradores, a credibilidade é reforçada e o risco de desinformação dentro e fora da organização é minimizado. Para manter a equipe bem-informada e alinhada com a postura da empresa, é essencial realizar reuniões e comunicados frequentes, garantindo que as mensagens sejam claras e objetivas. Outro ponto importante é garantir que os discursos internos e externos estejam alinhados. Qualquer divergência pode gerar ruídos e confusão tanto para os funcionários quanto para o público.
Passo 7: avaliação de resultados
Sem dúvida, um dos pontos mais importantes de qualquer manual ou estratégia: observar o que foi feito e medir o que deu certo e o que ainda é possível aprimorar. Pontos a serem considerados no processo de avaliação:
Eficiência das respostas adotadas;
Impacto nas percepções do público;
Necessidade de ajustes no comitê e nas estratégias;
Aprendizados que podem ser aplicados futuramente.
Um planejamento estratégico bem estruturado, aliado a uma comunicação eficiente, permite que a empresa tome decisões ágeis e assertivas. Ao investir em protocolos claros, monitoramento contínuo e alinhamento interno, a organização não apenas se prepara para enfrentar crises com maior segurança, mas também fortalece sua imagem e credibilidade no mercado.