Indústria 5.0: tecnologia e humanização em favor da sociedade

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1 de novembro de 2022

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    Antecipar o que o futuro do trabalho nos reserva envolve imaginar cenários possíveis para diferentes segmentos da economia. Um deles é a Indústria, a atividade econômica de transformação de matérias-primas em bens e serviços comercializáveis.

    Conheça as previsões para a Quinta Revolução Industrial, também chamada de Indústria 5.0.

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    O que é a Indústria 5.0

    A Indústria 5.0 é a mais recente fase do desenvolvimento industrial global, “focada em combinar a criatividade e o artesanato dos seres humanos com a velocidade, produtividade e consistência dos robôs”, segundo o Comitê Econômico e Social Europeu (CEE).

    Nessa perspectiva, a Indústria 5.0 veio complementar o tecnocentrismo da Indústria 4.0 e fomentar o debate sobre como a indústria pode contribuir para a sociedade. O processo industrial deve ser centrado no ser humano, valorizando todos os stakeholders envolvidos e não apenas os acionistas. Isso significa a promoção de talentos, diversidade e empoderamento entre todos os membros de uma organização.

    Aliada ao “humanocentrismo” está a personalização, promovida pelas novas tecnologias que facilitam a inter-relação entre seres humanos e computadores. Essa sinergia se manifesta no co-trabalho entre as partes: os seres humanos são responsáveis pelas atividades que requerem criatividade, enquanto os robôs cuidam do que é repetitivo. Assim, a Indústria 5.0 explora as possibilidades das interfaces homem-máquina.

    Isso significa uma maior customização de produtos e serviços, maior segurança para as pessoas envolvidas no processo e maior otimização de recursos naturais. Este último ponto compõe um dos pilares da Indústria 5.0, a Bioeconomia: a produção de recursos biológicos renováveis, cujos resíduos possam ser transformados em produtos de valor agregado, promovendo assim um equilíbrio entre economia, ecologia e indústria.

    E já podemos dizer que a Indústria 5.0 está sendo colocada em prática?

    É difícil dar uma resposta definitiva, já que boa parte do setor industrial, no Brasil e no mundo, ainda está se adaptando às tecnologias da Indústria 4.0.

    Podemos apontar alguns precursores, como a Tesla e a Apple, mas nenhum produto ou serviço que tenha chegado à maioria das pessoas. Por enquanto, a Indústria 5.0 está no campo da discussão conceitual.

    Esse debate é bastante recente: um marco inicial é a pesquisa “Machine Dreams: making the most of the Connected Industrial Workforce” , realizada em 2016 pela consultoria Accenture. Apesar de não usar o termo “Indústria 5.0”, ela já mostrava a preocupação de executivos em relação ao trabalho conjunto entre seres humanos e máquinas.

    O conceito foi sistematizado em 2018, no artigo “Birth of industry 5.0: Making sense of big data with artificial intelligence, ‘the internet of things’ and next generation technology policy” , escrito pelos pesquisadores Vural Özdemir e Nezih Hekim.

    As revoluções industriais

    A discussão sobre a Indústria 5.0 é resultado de quatro revoluções industriais , marcadas por avanços tecnológicos cada vez mais acelerados.

    Confira as principais características de cada uma delas logo abaixo. Lembramos que se trata de um resumo e que nem todos os países passaram por um processo de industrialização semelhante.

    Indústria 1.0

    Com início na década de 1760, a Indústria 1.0 é caracterizada pela geração de energia por meio da água e do vapor. A queima de combustíveis fósseis, como o carvão, se acentua nesse período.

    A indústria têxtil e de aço e o transporte ferroviário se destacaram nessa fase. O modelo inglês é o principal representante da Primeira Revolução Industrial.

    Indústria 2.0

    A energia elétrica e a invenção do motor de combustão interna marcam a transição entre a Indústria 1.0 e a 2.0, na década de 1840. Essas tecnologias permitiram a implantação de linhas de montagem nas fábricas, o que fomentou a produção em massa.

    O modelo fordista das indústrias dos Estados Unidos são o principal exemplo dessa fase.

    Indústria 3.0

    Nas décadas de 1960 e 1970, a automação de processos na indústria ganha força, graças às tecnologias da informação.

    O Toyotismo é o principal sistema de produção dessa fase da Revolução Industrial. Os ideais do Lean Thinking que nortearam os processos da fabricante japonesa são referência até hoje na indústria.

    Indústria 4.0

    A quarta fase da Revolução Industrial é caracterizada pela interface entre o mundo físico e o virtual, por meio de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Computação em Nuvem e Internet das Coisas (IoT).

    Ela também engloba o uso de fontes de energia renováveis, como a eólica e solar. Tudo isso com o objetivo de aumentar ainda mais a produtividade, porém de forma mais sustentável.

    A diferença entre a Indústria 4.0 e a 5.0

    Enquanto a Indústria 4.0 se concentra na digitalização de processos para aumentar a eficiência da produção, a Indústria 5.0 foca incorpora valores sociais e humanos no processo industrial, sem ter como principal objetivo o lucro.

    Por isso dissemos que a Indústria 5.0 veio complementar a 4.0. A crescente automação fez com que governos e organizações se preocupassem com a desumanização da indústria, o que poderia gerar um contingente de profissionais não-empregáveis, como explica o professor convidado da Pós PUCPR Digital , Yuval Harari.

    Isso não significa que os avanços tecnológicos serão deixados de lado. Eles são primordiais para a concretização dos pressupostos da Indústria 5.0.

    As tecnologias que possibilitam a Indústria 5.0

    O co-trabalho entre seres humanos e máquinas só é possível graças a um conjunto de novas tecnologias:

     

    Por Redação

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