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Negócios e Gestão

O que é MVP em projetos e por que é importante saber disso?

Por Redação   | 

Um produto mínimo viável (MVP, na sigla em inglês) é uma das etapas da gestão de projetos baseada nas metodologias ágeis.

O MVP é lançado no mercado com as funcionalidades essenciais para atender as demandas dos clientes, o que possibilita a realização de testes e validação de ideias antes de investir mais recursos em desenvolvimento.

Essa estratégia é bastante popular entre empreendedores e até entre as empresas mais tradicionais. Entenda o que é um MVP em detalhes a seguir:

O que significa MVP 
Quais são as características de um MVP? 
Por que um MVP é importante? 
O MVP em projetos 
7 exemplos de MVP 

  1. Dropbox 
  2. Groupon 
  3. Foursquare 
  4. Buffer 
  5. Oculus 
  6. Pebble 
  7. Case Status

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O que significa MVP

MVP é a sigla para “Minimum Viable Product” (“Produto Mínimo Viável”, em português). O termo se refere a uma versão simplificada de um produto que permite aos empreendedores testarem suas ideias com um mínimo de esforço e recursos.

O objetivo é lançar o produto no mercado o mais rápido possível para testá-lo e obter feedback dos usuários. Dessa forma, valida-se uma ideia antes de investir recursos significativos em seu desenvolvimento.

O conceito de MVP foi definido pelo cofundador e presidente da SyncDev, Frank Robinson, em 2001, como parte da metodologia de trabalho da consultoria em tecnologia. A definição de MVP usada pela SyncDev era: 

“O MVP é um produto sob medida para sua empresa e seu cliente. É grande o suficiente para promover a adoção, a satisfação e as vendas, mas não a ponto de saturar o mercado ou ser muito arriscado. Tecnicamente, é o produto com o máximo de ROI [retorno sobre o investimento] dividido pelo risco. O MVP é determinado pelas funcionalidades que têm um peso maior sobre o lucro e que atendem seus clientes mais importantes, sem prever todas as demandas de todos os consumidores.”.

Eric Ries, autor do best-seller “Lean Startup” (2011) e professor convidado da Pós PUCPR Digital, foi responsável por popularizar o MVP no mundo dos negócios. No livro, Ries traz a seguinte definição:

“O MVP é a versão de um novo produto que permite ao time coletar o máximo de informações validadas sobre os consumidores com o menor esforço possível.”.

Eric Ries, autor do livro "Lean Startup" e professor convidado da Pós PUCPR Digital.Eric Ries, autor do livro "Lean Startup" e professor convidado da Pós PUCPR Digital

Quais são as características de um MVP?

As principais características de um MVP são:

  1. Funcionalidades básicas: um MVP deve incluir apenas as funcionalidades necessárias para validar a ideia de negócio, assim economizando tempo e recursos;
  2. Protótipo simples: um MVP pode ser um protótipo simples, como um esboço ou um wireframe, o que permite testar a viabilidade de uma ideia sem investir em um produto completo;
  3. Teste rápido com usuários reais: para obter um feedback ágil, o MVP deve ser testado com um grupo pequeno de pessoas para entender melhor suas necessidades e requisitos;
  4. Ajustes e melhorias: com base no feedback, é preciso fazer ajustes e melhorias no produto, como incluir mais funcionalidades ou remover as que não são essenciais;
  5. Ciclo de iteração: a criação de um MVP é um processo iterativo, ou seja, é necessário repetir o processo até chegar a um produto satisfatório e que tenha validado a ideia de negócio.

>>> Leia também: Como uma empresa pode seguir o Lean Thinking em 6 passos

Por que um MVP é importante?

A importância do MVP reside no fato de possibilitar a empreendedores testarem ideias no mercado real com o mínimo de recursos e investimentos. Assim eles conseguem entender as necessidades e desejos dos clientes, identificar possíveis problemas e ajustar sua estratégia de desenvolvimento de acordo com o feedback obtido.

O MVP também é uma forma de empreendedores tomarem decisões com base em dados, em vez de se apoiar apenas em suposições e conjecturas. Isso acaba por reduzir o risco de investimentos desnecessários e fracassos comerciais.

Outra vantagem é a possibilidade de lançar um produto mais rapidamente no mercado. Ao concentrar-se nas características essenciais, é possível acelerar o tempo de lançamento e estar na frente da concorrência.

>>> Leia também: Conheça o Scrumban, a metodologia que une o melhor do Scrum e do Kanban

O MVP em projetos

O MVP é uma das etapas de gestão de projetos ágeis, metodologia que propõe maximizar a eficiência e eficácia do desenvolvimento de produtos e serviços. Ela é baseada na Cultura Ágil, que enfatiza a entrega contínua de valor ao cliente, a colaboração entre os membros da equipe e a adaptação constante a mudanças.

Geralmente, a gestão de projetos ágeis trabalha com ciclos curtos de desenvolvimento, chamados de sprints. É nesses períodos que o time cria um MVP para testar um produto ou uma nova funcionalidade. Assim é possível identificar rapidamente pontos fracos e possíveis melhorias, que serão realizadas na sprint seguinte.

A gestão de projetos ágeis também pode ser combinada com outras metodologias, como o Design Thinking e o Lean Startup, para maximizar a eficácia do processo de desenvolvimento e entrega de produtos e serviços.

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7 exemplos de MVP

Conheça alguns cases de MVP que usaram recursos simples para validar ideias:

1. Dropbox

O serviço de armazenamento em nuvem Dropbox é tão surpreendente que ganhou um capítulo inteiro no livro de Eric Ries.

Em 2007, o fundador e atual CEO da Dropbox, Drew Houston, preparou um vídeo de 3 minutos que explicava o conceito e as funcionalidades do serviço. O material fez com que mais de 75 mil pessoas se inscrevessem para testar o produto. Assista ao vídeo abaixo: 

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

Fazer um vídeo explicando o conceito de um produto é uma forma de testar o interesse do público, economizando assim recursos em desenvolvimento.

2. Groupon

Lembra dele? Lançado em 2008, o Groupon era uma ferramenta online de compras coletivas. Antes, ele era uma plataforma de discussão sobre política (isso mesmo) chamada The Point.

Como o assunto não chamou a atenção do público a ponto de o site escalar, seu fundador, Andrew Mason, decidiu usar a audiência do The Point para verificar se haveria interesse em um serviço que seria a base do Groupon.

O serviço começou com um site simples em Wordpress e o envio de cupons em PDF diretamente para os usuários. 

Tela inicial do The Point, plataforma que daria origem ao Groupon. The Point/Reprodução.Tela inicial do The Point, plataforma que daria origem ao Groupon. The Point/Reprodução

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

É possível criar um MVP a partir da combinação de ferramentas e funcionalidades pré-existentes de um produto já oferecido no mercado. A estratégia é indicada para negócios que não têm os recursos, a tecnologia ou a infraestrutura necessários para desenvolver um novo produto.

3. Foursquare

O Foursquare foi criado em 2009 como uma rede de microblogging para usuários indicarem sua localização e procurarem contatos próximos a eles.

Inicialmente, a plataforma foi disponibilizada ao público com uma única funcionalidade: a de fazer check-ins em diferentes locais. A ideia dos fundadores Dennis Crowley e Naveen Selvadurai era avaliar o interesse do público por esse tipo de rede social antes de adicionar outros recursos. 

O MVP do Foursquare foi lançado com uma única funcionalidade. TechCrunch.com/Reprodução.O MVP do Foursquare foi lançado com uma única funcionalidade. TechCrunch.com/Reprodução

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

Com uma única funcionalidade já é possível verificar se um aplicativo consegue solucionar as dores do público-alvo. Também possibilita checar a aceitação e a viabilidade do produto.

4. Buffer

A Buffer é uma ferramenta de gestão de redes sociais lançada em 2010. Naquele ano, o fundador Joel Gascoigne criou uma landing page para avaliar o interesse de potenciais clientes em pagar pelo produto, que, na época, podia ser usado apenas no Twitter.

O usuário deveria fornecer o seu endereço de e-mail para ter acesso aos preços e planos da ferramenta. Houve uma resposta positiva, o que levou à inclusão dos valores na landing page. Você pode ler o relato completo no blog da Buffer.

O MVP da Buffer consistia em uma landing page. Buffer/ReproduçãoO MVP da Buffer consistia em uma landing page. Buffer/Reprodução

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

Um formulário ou uma landing page são adequados para aferir o interesse do público-alvo do produto, pois podem ser facilmente alterados caso haja uma resposta positiva.

5. Oculus

Adquirido pelo então Facebook em 2014, o Oculus é uma marca de dispositivos de realidade virtual. A história do produto começa em 2012, quando um protótipo feito com fita-adesiva foi apresentado na E3, um dos maiores eventos de games do mundo.

O protótipo chamou a atenção do público, o que fez a empresa lançar uma campanha de pré-lançamento e arrecadar US$ 250 mil só no primeiro dia. Hoje a marca oferece uma série de dispositivos, jogos e aplicativos.

Protótipo da Oculus foi desenvolvido a partir de crowdfunding. Kickstarter/Reprodução.Protótipo da Oculus foi desenvolvido a partir de crowdfunding. Kickstarter/Reprodução

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

Oferecer pedidos antecipados antes do lançamento do protótipo é indicado para negócios que já possuem recursos financeiros e clientes ativos para testar o produto.

6. Pebble

As vendas dos smartwatches Pebble foram encerradas em 2016, mas até hoje o dispositivo é lembrado como o primeiro a oferecer funcionalidades que, hoje, são padrão em relógios inteligentes. Ele também é um case de sucesso de MVP.

Em 2012, a primeira versão do Pebble foi criada com a ajude de crowdfunding. Naquele ano, mais de 68 mil pessoas se interessaram pelo conceito do smartwatch e disponibilizaram US$ 10 milhões para o desenvolvimento do dispositivo.

Saiba mais detalhes sobre a história da Pebble no relato do seu fundador, Eric Migicovsky, no Medium.

Conceito de smartwatch da Pebble foi testado em plataforma de crowdfunding. Kickstarter/Reprodução.Conceito de smartwatch da Pebble foi testado em plataforma de crowdfunding. Kickstarter/Reprodução

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

O crowdfunding é uma ótima estratégia para verificar se um produto vai conseguir conquistar espaço no mercado, além de checar se há interesse do público pelo conceito.

7. Case Status

O Case Status é um aplicativo que possibilita clientes de escritórios de advocacia acompanharem o andamento de processos. 

A primeira versão do app foi um protótipo clicável (que ainda está disponível e pode ser acessado aqui), usado para testar o interesse de potenciais clientes e arrecadar fundos para desenvolver o software.

Campanha do app Case Status na Google Play. Case Status/Reprodução Google PlayCampanha do app Case Status na Google Play. Case Status/Reprodução Google Play

O que podemos aprender com esse exemplo de MVP?

Usar um protótipo de software como MVP é bastante comum na indústria de tecnologia. Ele deve reunir um número mínimo de funcionalidades para satisfazer os requisitos básicos de teste.

É indicado para verificar se o programa tem apelo entre o público-alvo para, daí sim, investir recursos financeiros, esforços e tempo.

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